General Heleno nega pedido de Michelle Bolsonaro para retirada de imagens sacras do Palácio

A informação de que as imagens seriam enviadas ao Palácio do Jaburu foi revelada pela Folha de S.Paulo

Escrito por Redação ,

O general Augusto Heleno, futuro ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), afirmou ser falsa a informação de que obras de arte sacra serão transferidas no ano que vem do Palácio do Alvorada, após a posse de Jair Bolsonaro (PSL), por exigência da futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro. O presidente eleito afirmou, nesta terça-feira (18), “que tentam desgastá-lo e à sua mulher”, com a afirmação.

A informação de que as imagens seriam enviadas ao Palácio do Jaburu foi revelada pela Folha de S.Paulo. Atualmente, a residência oficial apresenta como parte de seu mobiliário cinco peças de simbologia católica. Três funcionários do Palácio do Planalto teriam relatado à Folha que a transferência ocorreria após a futura primeira-dama ter demonstrado o desejo de que as obras fossem retiradas.  

Em entrevista, o general Heleno negou. “A repercussão disso foi muito negativa, eu liguei para o presidente eleito hoje pela manhã. A notícia é mentira. Não houve nenhuma determinação da senhora Michele em relação a isso, muito menos do presidente. Ele já desmentiu, categoricamente, no Twitter. E eu estou desmentindo aqui”, disse. 

Santa Bárbara

Uma das imagens é uma representação em madeira de Santa Bárbara, do século 18. O vice-presidente eleito, Hamilton Mourão (PRTB), confirmou o recebimento da escultura. "Uma imagem de Santa Bárbara irá para o Palácio do Jaburu. Ela é, inclusive, padroeira da artilharia", disse. 

Sobre o objeto específico, Heleno comentou ser um desejo particular de Mourão. “O general pediu que a imagem de Santa Bárbara, que é patrona da Artilharia Brasileira, fosse levada para o Jaburu, porque ele é oficial da artilharia, tem um apreço muito grande pela imagem de Santa Bárbara”, completou. 

Bolsonaro lembrou que ele e a mulher possuem crenças diferentes, e que ambos conservam símbolos em casa. "Ela evangélica e eu católico, ambos temos objetos que lembram nossa fé em nossa casa. Não por acaso, criam narrativas para nos desgastar a todo custo", disse Bolsonaro. 

A mulher do presidente eleito frequenta a Igreja Batista Atitude, no Rio de Janeiro. Ela foi procurada pela Folha antes da publicação da reportagem, mas informou que não tinha interesse em falar, afirmou o jornal.

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