Eunício Oliveira não pretende pautar Reforma da Previdência neste ano

Procurado pelo presidente Michel Temer (MDB), o presidente do Senado teria se negado a pautar a proposta.

Escrito por Redação ,

A intenção da equipe do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), de aprovar a reforma da Previdência (PEC 287/2016) ainda em 2018 parece ter encontrado um empecilho. Nesta quinta-feira (1º), a coluna Painel da Folha de S. Paulo afirma que o presidente Michel Temer (MDB) teria procurado o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB), para tentar articular a tramitação do projeto, mas teria recebido como resposta: "Não mande. Eu nem pauto".

A suposta resposta dada a Temer corrobora com as declarações que Eunício Oliveira vem fazendo sobre o tema desde o início da semana. Na terça-feira (30), em entrevista coletiva, o senador lembrou que a proposta de reforma da Previdência está paralisada devido à intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro, que constitucionalmente impede a tramitação da PEC.

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A aprovação da proposta de reforma da Previdência tem sido tratada como uma das principais pautas do próximo governo e é defendida pelo principal assessor econômico de Bolsonaro, Paulo Guedes. O economista já argumentou que apoiava a reforma antes de passar a coordenar a equipe do futuro presidente e não mudaria de ideia. O futuro ministro da Fazenda considera a reforma "a mais importante e rápida" medida a ser adotada pelo governo, com o objetivo de atacar o aumento dos gastos públicos.

O prosseguimento da proposta de reforma previdenciária do governo Temer, no entanto, tem encontrado oposição mesmo dentro da equipe do próximo governo. Anunciado como chefe da Casa Civil do próximo governo, o deputado Onyx Lorenzoni chegou a dizer que a proposta de Temer é "uma porcaria" e que a intenção era discutir o assunto só em 2019, após a posse.

Depois da declaração, Lorenzoni foi desautorizado por Guedes a se pronunciar sobre a Previdência. "É um político falando de economia, é a mesma coisa de eu sair falando de política, não vai dar certo", disse o economista. Com infromações do jornal Folha de S. Paulo.

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