Cid relembra governos anteriores para justificar números da violência

Governador acredita em queda no número de homicídios durante os últimos meses de sua gestão

Escrito por Redação Web ,

"Nenhum Governo nos últimos 20 anos conseguiu deixar, em 4 anos [de mandato], um indicador de violência, de homicídio ou de roubos menor do que encontrou". O argumento foi destacado pelo governador Cid Gomes, em clima de balanço pelos 8 anos de gestão.

Em entrevista ao Diário do Nordeste na manhã desta segunda-feira (1), o gestor disse que existem questões de segurança "que extrapolam os limites da ação de Governo. E são várias. Tem pessoas que não tiveram problemas de infância, mas tem problemas pessoais, são do mal. Praticam o mal e praticam a violência. Tem crimes que são passionais. Isso não tem segurança pública no mundo que dê conta de resolver".

Cid disse que mesmo com o alto índice de homicídios no Ceará que, de janeiro a junho de 2014, cresceu 11,4% em relação ao mesmo período do ano passado, ele acredita em uma baixa até o fim de seu mandato, no dia 31 de dezembro deste ano.

O programa de gestão da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) que dividiu, neste ano, o Ceará em 18 Áreas Integradas de Segurança (AIS) e implantou gratificações a policiais e membros do Corpo de Bombeiros pelo cumprimento de metas, deve ser o principal responsável pela inversão dos índices, segundo ele.  

"Eu vi os números de julho e agosto, então há uma redução em todas as 18 áreas. Eu espero que isso seja algo que se consolide no mês de setembro e que efetivamente inverta o que tem acontecido no Ceará nos últimos 20 anos, a redução da tendência do crescimento de homicídios", afirma.

Em sua gestão, o govervador também julga ter feito os investimentos corretos na área de segurança pública do Estado, destacando a expansão do Ronda do Quarteirão para a Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) e para cidades com mais de 40 mil habitantes. "Nós triplicamos, em números reais, os valores investidos em segurança", complementa. 

"Eu quero passa um tempo fora da política" 

Ao ser questionado sobre o seu futuro na política após o término de sua gestão, o governador afirma que quer distanciar-se, embora não descarte um retorno posteriormente. "Eu quero passar um tempo fora da política, e até o calendário me impõe. Só tem eleição de dois em dois anos, as próximas serão municipais. Então é muito pouco provável que eu fique mais de dois anos sem disputar nenhum mandato e vou avaliar, sinceramente, se vale a pena". 

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