Bolsonaro vai ao Chile em sua primeira viagem como presidente eleito
Onyx Lorenzoni, futuro chefe de gabinete, confirmou viagem
O Chile será o primeiro país que o presidente eleito brasileiro, Jair Bolsonaro, visitará depois de vencer o segundo turno das eleições, neste domingo, confirmou nesta segunda-feira à imprensa chilena Onyx Lorenzoni, seu futuro chefe de gabinete.
>Bolsonaro recebe embaixador de Israel
>Líder da direita italiana felicita Bolsonaro por vitória
Bolsonaro, que ainda se recupera de uma facada que sofreu durante a campanha eleitoral, já determinou os primeiros países que visitará depois de se tornar presidente eleito do Brasil ao derrotar Fernando Haddad no segundo turno.
"Depois de se recuperar da cirurgia, o presidente Bolsonaro vai primeiro para o Chile, depois aos Estados Unidos", afirmou Lorenzoni ao canal 24 horas do Chile.
"Este é um compromisso que o presidente (Bolsonaro) assumiu com o presidente (Sebastián) Piñera", acrescentou Lorenzoni, que não informou a data da visita.
O anúncio é feito depois que o governo de Piñera admitiu ter feito contato com a equipe de Bolsonaro antes do segundo turno. Representantes dos partidos de direita que apoiam o governo de Piñera também visitaram o ultraconservador brasileiro.
"O presidente Piñera é um aliado e esperamos fortalecer os laços", disse Lorenzoni à rede CNNChile.
Piñera foi um dos primeiros líderes da região a parabenizar a vitória de Bolsonaro com uma mensagem nas redes sociais, na qual o convidou para visitar o Chile.
"Claro que ele me confirmou que visitaria o Chile. Acredito que sua primeira viagem fora do Brasil será ao Chile e depois provavelmente aos Estados Unidos", afirmou Piñera, consultado por jornalistas chilenos.
Segundo ele, os dois tiveram "uma longa, franca e muito útil conversa" telefônica.
Aproveitando a ocasião, Piñera voltou a parabenizar Bolsonaro por sua "grande vitória eleitoral".
"Parabenizei-o por um ato democrático da sociedade brasileira que foi impecável (...) e também o parabenizei pelo grande triunfo eleitoral: ele conseguiu mais de 55% dos votos, ou seja, uma grande maioria".
Antes de sua eleição, Bolsonaro expressou sua admiração por Piñera e sua intenção de trabalhar em conjunto pelo "progresso" do Brasil e do Chile.