Artistas cobram resposta do TSE sobre denúncia de propagação de fake news contra PT

Nos vídeos, os artistas se dirigem diretamente à presidente do TSE, ministra Rosa Weber, e cobram dela a apuração do caso

Escrito por Redação ,

Diversos atores, cantores e escritores vem se posicionando nas redes sociais contra o candidato à Presidência Jair Bolsonaro. Nesta quinta-feira (18),  um novo movimento realizado por artistas como Caetano Veloso, Sônia Braga, Camila Pitanga e Vladimir Brichta tem cobrado um posicionamento da presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Rosa Weber, sobre reportagem da Folha de São Paulo que denunciou que fake news estariam sendo disparadas contra o Partido dos Trabalhadores (PT) por empresas que apoiam o presidenciável do PSL. 


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Os depoimentos dos artistas estão sendo reunidos nos perfis do movimento 342Artes, que luta contra a censura e a difamação. O grupo é responsável por outras campanhas na internet como a #CensuraNuncaMais, lançada no ano passado depois das polêmicas envolvendo a exposição Queermuseu.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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Nos vídeos, os artistas se dirigem diretamente à presidente do TSE, ministra Rosa Weber, e cobram dela a apuração sobre a denúncia de compartilhamento em massa de notícias falsas contra o PT e o candidato à Presidência Fernando Haddad às vésperas do segundo turno das eleições.

“E aí, ministra Rosa Weber! Qual a sua reação a esses escândalos de fake news e crimes eleitorais?”, diz Caetano Veloso em um dos vídeos.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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Manifesto da literatura

Escritores, por sua vez, criaram o "Manifesto da Literatura pela democracia, pela liberdade, pela empatia" e estão colhendo assinaturas de professores, poetas e outros escritores contra a candidatura de Jair Bolsonaro. 

"Se o país não estivesse imerso em tanta fúria, tanto ódio, tanto grito, se por um instante se instalasse algum silêncio, talvez todos ouvissem o sinal de alarme: algo está em perigo. Funcionam os hospitais, os tribunais, as delegacias, abrem-se as repartições, mas não há nenhuma normalidade em nossos dias, nenhuma tranquilidade é possível", diz o texto compartilhado por eles. 

De acordo com o texto de autoria do escritor Julián Fuks, o candidato Jair Bolsonaro "fere a democracia porque defende o desaparecimento de muitos: de seus adversários, que anseia por banir da política; dos ativistas, que quer extirpar do país; de quilombolas e índios, que pretende privar de suas terras; da comunidade LGBT, intimidada a conter em público seu afeto; dos jornalistas críticos, constantemente ameaçados por ele próprio ou por seus seguidores".

"A literatura, afinal, tem como ideal e como fim a aproximação ao outro, a compreensão de suas aflições, de seus suplícios, o encontro entre diferentes. E ainda que resista às circunstâncias mais adversas, como resistimos e resistiremos, a liberdade há de ser sempre o seu maior instrumento", explica o autor.

Até a publicação desta matéria, o manifesto já contava com a assinatura de 990 pessoas entre escritores, poetas, editores e professores.

Dentre os escritores que assinam o manifesto estão Raduan Nassar, Chico Buarque, Luis Fernando Veríssimo, Lygia Fagundes Telles, Mia Couto, Estevão Azevedo, Ana Miranda, Luiz Ruffato, dentre outros.

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