Hélio Góis diz que não iniciará obras e defende redução da máquina pública

Postulante foi o último dos cinco candidatos a governador a ser entrevistado pela TV Verdes Mares e pela TV Diário

Escrito por Redação ,

O candidato do PSL ao Governo do Estado, o advogado Hélio Góis, afirmou que não pretende iniciar qualquer obra, caso seja eleito governador do Ceará, até que se conclua um levantamento sobre as intervenções deixadas pela atual gestão. Em entrevistas à TV Verdes Mares e à TV Diário, o postulante sustentou, ainda,  que quer enxugar a máquina pública, mas defendeu transferir para a administração estadual as atribuições dos agentes de saúde.

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De acordo com ele, o Estado poderia ter, no máximo, 12 secretarias na administração pública. O candidato disse que não pretende construir mais hospitais e nem contratar mais médicos, visto que quer antes realizar levantamento sobre o andamento de intervenções da administração atual. 

“Não vou construir uma obra sequer sem antes fazer levantamento preciso sobre quantas obras o Governo do Estado deixou por terminar. Depois de fazer esse levantamento, vou terminar aquelas que se mostrem viáveis economicamente, promover venda de ativos que se mostrem inviáveis e aí vamos pensar em contratar”, afirmou. 

O candidato destacou ser orientado por valores cristãos, e se posicionou como o único representante no Estado com ideologia de direita. A sua proposta prioritária, conforme informou, será na área da Segurança Pública, pois acredita que todo o desenvolvimento da sociedade passa por esta problemática.

“Não podemos imaginar o desenvolvimento do Estado sem passar pela segurança. Não se abre comércio sem saber quanto vai se gastar com segurança privada. Não se pode imaginar melhoria da educação quando os pais têm medo que seus filhos vão para a escola e não voltem mais. A vida e o patrimônio passam, necessariamente, pelo desenvolvimento econômico”, defendeu. 

Segurança hídrica

Um dos principais eixos do programa de Governo de Góis trata sobre a questão da “sobrevivência” e tem como um dos temas a segurança hídrica. De acordo com ele, o atual governo  não deu prioridade ao abastecimento de água, mas prometeu que fará diferente em uma eventual gestão. 

Hélio Góis citou como proposta a perfuração de poços artesianos. “Temos capacidade de trazer dessalinizadores. Não podemos deixar que as grandes empresas determinem o quanto de água vai faltar em nosso Estado, isso precisa ser tratado com seriedade”, acrescentou.

Outra preocupação do postulante diz respeito ao saneamento básico, que no Ceará, em sua avaliação, é feito de forma “imoral” e “ilegal”, visto as mortes que ocorrem pela falta de tratamento adequado da rede de esgoto nos municípios. 

“A saúde precisa de um tratamento responsável, colocando agente de saúde dentro das casas das pessoas. Só quem trabalha com saúde tem a real noção do que isso representa para os pacientes”, disse. 

Apesar de defender redução da máquina pública, ele disse que as atribuições desses profissionais deixarão de ser de competência das prefeituras e passarão para o Estado. “Não estou preocupado com os gastos em si, mas com a qualidade. Com essa medida, eu desafogo as prefeituras para que possam investir o dinheiro em outro canto”, defendeu.

Polícia

De acordo com ele, ainda na segurança é preciso tratar o tema com mais seriedade e não culpar apenas o Governo Federal diante do aumento da criminalidade local. De acordo com ele, tal justificativa não tem como se sustentar, uma vez que as gestões passadas faziam parte do mesmo grupo político atual. 

Uma das medidas para melhoria da área, conforme defendeu, é o remanejamento dos quadros do Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops), trocando terceirizados por agentes da própria Polícia. O candidato também criticou o sucateamento da Polícia Civil e reclamou da quantidade de policiais civis atuando no Estado. 

“Não vou me ajoelhar diante da atual criminalidade. Não vou permitir que eles fiquem definindo como será o processo de triagem antes do encarceramento de determinada facção criminosa. Você acaba criando fortes para essas pessoas, de forma criminosa”, apontou.

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