Grupos admitem atuação limitada

Escrito por Redação ,

Ao longo de 2017, cinco frentes parlamentares foram criadas na Câmara Municipal de Fortaleza para tratar dos mais variados temas. Entretanto, apesar de todos os integrantes entrevistados pelo Diário do Nordeste fazerem balanços positivos das atividades no último ano, eles relatam barreiras para conduzir os trabalhos. Os problemas vão de dificuldades em conseguir que as demandas sejam executadas até a falta de mobilização para atuar coletivamente sobre os temas.

De acordo com Larissa Gaspar (PPL) - que preside uma frente voltada à Cidadania de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transsexuais (LGBT) e outra que atua com pessoas em situação de rua -, o balanço de 2017 foi positivo. "Conseguimos chamar a atenção da sociedade e, principalmente, dos governos para que implante políticas públicas", avalia. Segundo ela, as frentes realizaram e realizarão visitas a órgãos que trabalham com os dois públicos.

Para a vereadora, ao longo do ano, a frente sobre a população em situação de rua encontrou receptividade nos órgãos públicos. O desafio, aponta ela, é que a abertura para o diálogo com o Executivo converta-se em políticas públicas. "Existe uma dificuldade da gestão em fazer as estruturas funcionarem", afirma. O mesmo é apontado por Célio Studart (SD), presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Bem-Estar Animal. Já em relação à frente da Cidadania LGBT, Gaspar diz que pautas enfrentam resistência dentro da Câmara.

Já o vice-presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Vida, Jorge Pinheiro (PSDC), afirma que, em 2017, a pauta do grupo foi defendida mais individualmente pelos mandatos do que em conjunto pelo colegiado. "Realizamos muitos trabalhos em forma individual", declara.

De acordo com ele, entretanto, houve articulações coletivas em torno, por exemplo, da Política Municipal do Nascituro, proposta em tramitação na Casa. Também foi instalada, em 2017, a Frente Parlamentar em Defesa do Terceiro Setor. O presidente do colegiado, Guilherme Sampaio (PT), porém, não atendeu às ligações da reportagem até o fechamento desta matéria.

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