Governistas defendem palanque aberto no Ceará

Com, pelo menos, 11 pré-candidatos já anunciados, a base de Camilo pode dividir apoio a presidenciáveis

Escrito por Redação ,
Legenda: Com Rodrigo Maia pré-candidato do DEM, o deputado João Jaime opina que siglas da base podem ser liberadas para apoiar seus presidenciáveis
Foto: Foto: José Leomar

A quatro meses do período para os partidos definirem, durante as convenções, os candidatos que disputarão os cargos de presidente da República, senador, governador, deputado federal e deputado estadual, nas eleições de outubro próximo, algumas legendas já lançam pré-candidaturas para tentar emplacá-las. Até o momento, estima-se que há, pelo menos, 11 pré-candidatos à Presidência da República confirmados no País. Diante disso, alguns líderes partidários no Ceará defendem a formação de palanque aberto nas coligações, para que cada legenda fique liberada para apoiar o candidato de sua preferência no Estado.

O Democratas lançou, nesta semana, o nome do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, para a disputa pelo Palácio do Planalto. Embora alguns acreditem que seja, na verdade, uma tentativa de barganhar apoio com outros partidos para a reeleição de alguns de seus representantes, é fato que a candidatura do DEM é mais uma para se somar a tantas outras que foram colocadas até agora.

Único representante do DEM na Assembleia Legislativa cearense, João Jaime reconheceu que o cenário "ainda está muito indefinido", mas enfatizou que, caso o nome de Maia decole na corrida eleitoral, o partido no Estado dará total apoio a ele.

"O presidente (estadual da legenda) Chiquinho Feitosa tem declarado que, se o DEM tiver candidato, vamos apoiar a sua candidatura. Agora, a nossa posição a nível estadual é apoiar o governador Camilo. A reeleição dele não impede nada", disse. Com pelo menos mais 20 legendas na base governista, porém, João Jaime defende que pode haver um palanque aberto para que as legendas sejam liberadas para apoiar o presidenciável que preferirem.

Divisão

Hoje, o próprio Camilo Santana, embora seja cobrado por aliados do PT, defensores da candidatura do ex-presidente Lula, é próximo do ex-governador Ciro Gomes (PDT), pré-candidato a presidente do PDT. "São tantos candidatos a presidente que os palanques estaduais vão ter dois, três candidatos, vai ter palanque aberto ou palanque separado", projetou João Jaime.

Já o presidente estadual do PT, Francisco de Assis Diniz, disse que vai tratar da questão quando ela, "efetivamente, estiver na mesa". "Nós não podemos ter, dentro de um processo de composição, uma resolução para fora do partido. Isso vai prevalecer dentro do PT. Não vamos permitir nem aceitar que tenhamos uma candidatura e tenha voto declarado em outro candidato de outro partido, seja no cenário estadual ou nacional", frisou.

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