Girão defende fim de regalias

Caso seja eleito, o candidato a senador do PROS disse que buscará a instalação de uma CPI do narcotráfico na Casa

Escrito por Redação ,
Legenda: Eduardo Girão, do PROS, foi o segundo dos cinco candidatos ao Senado mais bem colocados na pesquisa Ibope a dar entrevista ao "Diário na TV"
Foto: Foto: José Leomar

Neófito em disputas eleitorais, o empresário Luís Eduardo Girão (PROS) disse, em entrevista ao Diário do Nordeste, que abrirá mão do salário de senador, caso seja eleito, e tentará acabar com regalias garantidas a representantes dos três poderes constituídos. Ele afirmou, ainda, que uma de suas primeiras medidas será a proposta de instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado para investigar possível envolvimento de políticos e empresários com o tráfico de drogas.

Segundo dos cinco candidatos ao Senado mais bem colocados na última pesquisa Ibope a ser entrevistado pela TV Diário, ontem, o postulante se coloca como defensor da família e afirma ser contra medidas que, conforme avalia, vão de encontro aos preceitos cristãos. "Chegou a hora de a gente construir um novo movimento de valores da família. Nossas crianças vêm sendo erotizadas, querem liberar o aborto, cirurgia de mudança de sexo para crianças de 12 anos, liberar as drogas", disse.

No entanto, o postulante ressaltou que o Brasil e o Ceará vivem momento importante, diante da "limpeza" em curso em diversos setores da sociedade. "Sou entusiasta da Operação Lava-Jato e talvez a justiça esteja sendo feita pela primeira vez no País. A gente sente o mau cheiro de tudo isso, mas o sofrimento ensina", afirmou.

De acordo com ele, "a maior arma que tem não é o revólver, mas o título de eleitor". "Eu sou cristão, acredito em Deus e sei que ele tem um plano para este País. Um plano de fraternidade, progresso e justiça social. Essa eleição vai ser decisiva para que a paz se restabeleça no Ceará".

Para o enfrentamento da violência, o candidato afirmou que pretende instaurar uma CPI do narcotráfico em Brasília. Para isso, deve contatar senadores e deputados com os quais tem afinidade ideológica, como Magno Malta (PR-ES), candidato à reeleição. "Vamos recolher assinaturas de gabinete em gabinete para depois sabermos quem está por trás do crime organizado, quem são os poderosos por trás do crime organizado".

Sobre os índices de violência, Girão opinou que falta "autoridade" para administrar a Segurança Pública do Estado e citou como exemplo disso a dificuldade que o Governo tem tido para instalar bloqueadores de celular nos presídios. Ele afirmou também que tem sido difícil se apresentar ao eleitorado, especialmente porque a base governista reúne 24 partidos.

Compra de votos

O candidato chamou atenção, ainda, para a venda de votos no Interior do Estado. Segundo ele, muitos postulantes buscam se esconder em um mandato para não prestar contas com a Justiça. Girão disse ser contra o foro privilegiado e defendeu o fim de benefícios para políticos, além de membros do Judiciário.

"Vou abrir mão do meu salário (subsídios), não por mérito meu, mas porque tenho outras fontes de renda. Mas acredito que outros políticos precisam. O que vou trabalhar para acabar é com o auxílio-moradia, auxílio-paletó, carro oficial e muitas outras mordomias que são pagas com dinheiro do brasileiro. Vou fazer minha parte de colega a colega que faça o mesmo".

Eduardo Girão defendeu também que a população avalie a vida pregressa dos candidatos para definir o voto. "Podemos construir uma realidade diferente, quando fazemos as coisas com honestidade, obstinação, respeito e tolerância", pregou.

Os destaques das últimas 24h resumidos em até 8 minutos de leitura.