Futuro governo terá mais ministérios do que inicialmente planejado

Jair Bolsonaro indica que poderá indicar até sete ministros a mais do que sua expectativa

Escrito por Redação ,

Jair Bolsonaro ganhou, nesta quinta-feira, mais três ministros (Desenvolvimento Regional, Turismo e Cidadania), admitiu que sua equipe terá mais nomes (22) do que o plano inicial (15) e esticou para a próxima semana o prazo para concluir seu gabinete. Antes, esperava terminar os anúncios até sexta-feira (30).

O que chamou atenção foi o número de nomes ligados ao atual governo que vão integrar o primeiro escalão em 2019. Já são quatro os ocupantes e ex-ocupantes de cargos de comando no governo Michel Temer (MDB-SP) escolhidos pelo presidente eleito para serem ministros.

O último a ser indicado para continuar à frente dos programas sociais que comandou nos últimos dois anos foi Osmar Terra. Ele se afastou do Ministério do Desenvolvimento Social em abril para disputar o cargo de deputado federal. Depois de indicar Osmar Terra para o futuro Ministério da Cidadania e Ação Social, Bolsonaro afirmou que conheceu uma ferramenta de gestão que mostra se há indícios de irregularidades nos benefícios pagos pelo governo. "Vi gente com renda alta que recebe o Bolsa Família. Com essa ferramenta, nós vamos fazer um grande pente-fino nos projetos sociais. Vamos manter os programas, mas com saúde (financeira)".

O ministério de Osmar Terra será ampliado: além de continuar responsável por programas como o Bolsa Família, responderá pelas atribuições dos ministérios do Esporte, da Cultura, além da Secretaria Nacional de Política sobre Drogas (Senad), vinculada atualmente ao Ministério da Justiça.

Também foi indicado o atual secretário-executivo do Ministério da Integração Nacional, Gustavo Henrique Rigodanzo Canuto, para o novo Ministério do Desenvolvimento Regional, pasta que reunirá Integração e Cidades. O servidor e ex-capitão do Exército, Wagner de Campos Rosário, já havia sido selecionado para continuar no cargo de ministro da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU), cargo que ocupa desde maio de 2017.

Terceiro a integrar o governo Temer com cargo na futura administração Bolsonaro, o general Carlos Alberto dos Santos Cruz foi escolhido esta semana para o comando da Secretaria de Governo. O órgão tem status de ministério. Ele já exerceu a função de secretário nacional de Segurança Pública, no Ministério da Justiça, durante o governo de Michel Temer, entre abril de 2017 e junho deste ano. Agora, a principal missão de Cruz será manter o diálogo com o Congresso e com partidos, bem como com estados e municípios.

Turismo

Anunciado como futuro ministro do Turismo, o deputado Marcelo Álvaro Antônio (PSL-MG) disse que vai brigar para que a Pasta tenha um orçamento importante. "O turismo vai participar efetivamente desse momento de resgate, de recolocar o Brasil na rota do desenvolvimento", disse. "Essa briga orçamentária já começa agora na CMO (Comissão Mista de Orçamento)".

O futuro ministro afirmou que sua nomeação não contempla partido, mas foi indicado pela Frente Parlamentar em Defesa do Turismo, da qual faz parte.

Bolsonaro indicou que a última Pasta do seu gabinete poderá ser o Ministério das Mulheres, a partir de um pedido da bancada feminina no Congresso. O governo Temer tem 29 ministérios. "Vai ser decidido (sobre a criação da Pasta), houve um apelo por parte da bancada feminina".

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