Frente Parlamentar Mista deve discutir Segurança

Escrito por Redação ,
Legenda: Presidente da Câmara, Salmito Filho, falou aos colegas sobre a criação do grupo com a AL. O tema motivou vários discursos de vereadores
Foto: Foto: Kleber A. Gonçalves

O presidente da Câmara Municipal de Fortaleza, vereador Salmito Filho (PDT), destacou ontem, na tribuna da Casa, a criação de uma Frente Parlamentar Mista de Segurança Pública, envolvendo o Parlamento municipal e a Assembleia Legislativa, em resposta à chacina ocorrida na última semana no bairro Benfica, onde sete pessoas foram mortas. A deliberação foi feita na segunda (12), após reunião no Palácio da Abolição para discutir ações contra a violência.

De acordo com o vereador, o colegiado é articulado por ele e pelo deputado estadual Evandro Leitão (PDT), líder do Governo do Estado na Assembleia. A ideia é conhecer bem-sucedidas experiências no combate à violência e construir um relatório "técnico, para apresentarmos ao Governo do Estado do Ceará, à Prefeitura de Fortaleza, com representantes desses governos, das nossas universidades, e da sociedade civil".

Para Salmito, será impossível enfrentar a violência, a longo prazo, sem o combate às desigualdades de oportunidades, e, a curto prazo, sem um Plano Nacional de Segurança Pública. Segundo ele, iniciativas pontuais e desconexas não podem ser entendidas como uma política. "Passaram pelo governo federal PSDB e PT e não o fizeram".

Salmito não foi o único a abordar o assunto. O vereador Guilherme Sampaio (PT) destacou a proposta do Conselho Nacional de Procuradores-Gerais de ampliar a punição para jovens infratores. Para ele, isso, junto à chacina na Capital, revela "o nosso fracasso diante do enfrentamento da violência". O vereador fez críticas às Células de Proteção Comunitária, em instalação sob a liderança do vice-prefeito Moroni Torgan (DEM). "Não é papel da Prefeitura cumprir a função de Polícia", disse.

Prevenção

O líder do Paço Municipal na Casa, Ésio Feitosa (PPL), defendeu a medida do governo. Segundo ele, a crítica do petista era "um pouco injusta". De acordo com o parlamentar, as células envolvem muito mais que apenas repressão, tendo uma série de políticas de geração de emprego, esporte, cultura e de requalificação urbana. "Essa iniciativa não visa apenas a repressão. Ela visa, primordialmente, a prevenção", declarou.

O vereador Benigno Jr. (PSD), por sua vez, defendeu um aumento das penas em geral para crimes, mas declarou que políticas sociais também são importantes. Já Adriano Bento (Patri) usou a tribuna para defender que Segurança Pública deve ser feita com repressão. "Faz-se é com chibata muita. Porque, se for para alisar, fica desse jeito".

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