Dúvidas também em chapas no Ceará

Escrito por Redação ,

No Ceará, as equações eleitorais também não estão completamente resolvidas. Ainda que Ailton Lopes (PSOL) já tenha Raquel Lima (PCB) como candidata a vice-governadora, e Hélio Góis (PSL) tenha Ninon Tauchmann (PSL) como companheira de chapa, outros três pré-candidatos ao Governo do Estado - Camilo Santana (PT), general Guilherme Theophilo (PSDB) e Francisco Gonzaga (PSTU) - ainda não anunciaram postulantes a vice. Ontem, com o anúncio de que o ex-senador tucano Luiz Pontes não disputará vaga no Senado na coligação formada por PSDB e PROS, as cartas voltaram a se embaralhar no bloco de siglas da oposição.

> Fragmentação dificulta definições de vices 
 
Para o cientista político Rui Martinho, tal conjuntura tem "um grande reflexo do quadro nacional", mas também decorre de características do cenário político cearense. Segundo ele, a existência de apenas um grande partido no Estado, que é, na prática, o "partido governista", afeta as composições na situação e na oposição. Além disso, diz o professor da UFC, as alianças no Ceará têm caráter personalista. "Não se faz aliança com partido A ou B, se faz aliança com tal líder. A sigla é apenas um ícone, um estandarte para o registro na Justiça Eleitoral", aponta.

Osmar de Sá Ponte, por sua vez, acrescenta que, no caso da chapa de Camilo, a existência de uma base "tão ampla" - aliados do governador contabilizam até 24 partidos - gera imbróglios na distribuição das vagas. Já uma candidatura nova, como a do general Theophilo, segundo ele, pode motivar receios de adesões, especialmente de "políticos profissionais", que dificultam definições. "Quem já tem mandato não quer perder", diz.

Às vésperas da convenção do PSDB e do PROS, marcada para este domingo (29), ainda estavam abertas, até ontem, as vagas de postulantes a vice-governador e a senador pela legenda tucana - o empresário Luís Eduardo Girão é pré-candidato ao Senado pelo PROS. O presidente estadual do PSDB, Francini Guedes, informou que, ontem, teve reunião com Dr. Cabeto, vice-presidente da sigla, para tratar do interesse do correligionário em compor a chapa.

Segundo Francini, Dr. Cabeto, que é um dos nomes cogitados para a vaga de vice, disse estar à disposição do partido, embora tenha destacado também o compromisso que tem com a profissão. A médica Mayra Pinheiro, por sua vez, é ventilada como possível candidata ao Senado. Hoje, líderes do bloco terão outra reunião e, de acordo com o dirigente tucano, a composição da chapa deve ser definida.

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