Deputados tentam reduzir descrédito

Escrito por Redação ,

A descrença da população em relação à classe política e reclamações relacionadas à Segurança Pública no Estado têm ocupado o cenário encontrado por deputados estaduais durante as visitas feitas a municípios do Interior, com vistas à eleição que se aproxima. Ao Diário do Nordeste, parlamentares da base governista reconheceram que a violência tem sido a principal queixa levada até eles pela população. Apesar de exaltarem os investimentos do governador Camilo Santana (PT) no combate à criminalidade, alguns admitem que são cobrados, por exemplo, por mais policiamento nas ruas.

O deputado Osmar Baquit (PSD) relata que, à primeira vista, o eleitor vê todos os políticos como desonestos, mas diz que, nos debates, a população vai distinguir "quem é correto e quem não é". "Para quem é político, anda normalmente no dia a dia e não tem comprometimento com roubo, isso diminui muito".

Osmar Baquit, cuja base eleitoral está na Região do Sertão Central, diz também que, "em todo canto", escuta pedidos por melhorias na Segurança. "Havia também uma pauta muito grande que é a questão da água, que diminuiu com esse inverno que, pelo menos, está começando a acumular um pouco de água em alguns cantos".

Insatisfação

Já o deputado Manoel Santana (PT) conta que sente o "reconhecimento" da população em relação ao mandato, mas confessa que, por pertencer ao PT - um dos partidos apontados em escândalos de corrupção na Operação Lava-Jato - sente "rejeição" de "algumas pessoas". Um dos representantes da Região do Cariri no Legislativo Estadual, Santana diz que a principal cobrança recebida é em relação à Saúde, mas também aponta a Segurança como "um tema presente em todos os debates".

Para Roberto Mesquita (PSD), a insatisfação é generalizada. "As pessoas estão amedrontadas, principalmente diante do aumento desenfreado da violência. As pessoas não estão vendo serviços públicos adequados. Na Saúde, você vê por onde anda pessoas nas filas de espera dos postos de saúde. Isso tudo cria um clima de desconfiança e não poderia ser diferente diante dos fatos que vieram à tona, nos últimos tempos", afirma.

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