Deputados divergem sobre modelo econômico para o CE

Escrito por Redação ,
Legenda: Na Assembleia, opositores dizem que o modelo de desenvolvimento econômico do Estado é ultrapassado, enquanto governistas veem avanços
Foto: Foto: José Leomar

Deputados de oposição na Assembleia Legislativa defendem uma mudança no modelo econômico adotado pelo Estado atualmente, que, segundo eles, é ultrapassado e não beneficia a maior parte da população. Já governistas afirmam que há uma integração do modelo a novas práticas econômicas voltadas à realidade do século XXI.

O modelo de desenvolvimento econômico defendido pelo PSOL, de acordo com Renato Roseno, é baseado no rearranjo de alternativas de políticas públicas locais, acesso à terra e água, incentivo a pequenos empreendimentos e indução da ciência e tecnologia para alavancar a economia. "Precisamos investir em energia renovável, que ainda não é explorada como deveria no Ceará. O governador Camilo Santana fica feliz em inaugurar tecnologia do século XIX".

Carlos Matos (PSDB) opina que as políticas econômicas do governo não geram inclusão social. "O Ceará vem andando para trás e com passos de tartaruga. O General (Theophilo, candidato do PSDB), por outro lado, defende investimentos em pequenas e médias empresas, além de mais inovação. O modelo atual e o que defendemos são totalmente diferentes".

O deputado Capitão Wagner (PROS) endossa que o modelo econômico atual é "retrógrado", porque seria movimentado, em boa parte, por meio de energia gerada com recursos escassos no Estado, como a água. Para ele, é preciso impulsionar startups e desenvolver o turismo. "O modelo desenvolvido nos assusta, porque não gera a quantidade de empregos necessários e requer o uso de muita água".

Modernização

Sérgio Aguiar (PDT), por outro lado, diz que o atual governo está conseguindo fazer uma transição entre um modelo já consolidado e outro com perspectiva de futuro. "Temos aqueles movimentos que são satélites e estão se somando com o setor de turismo, a instalação do 'Angola Cables' que vai fazer o surgimento de novos negócios no Ceará".

Manoel Santana (PT) também defende que o modelo econômico adotado por Camilo vem se modernizando. No entanto, o petista diz ser necessária uma nova realidade de distribuição de renda que desenvolva "papel de equidade" no Estado. "Acho que o modelo econômico precisa ser superado. A gente precisa ter um modelo de novo tipo de relação socialista, de distribuição de renda a partir de um Estado que desenvolva papel da equidade, e não da iniquidade".

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