Composições ainda são dúvida para siglas no Ceará

No mês de junho, alguns partidos apostam em agendas próprias para fortalecer nomes para a campanha deste ano

Escrito por Redação ,
Legenda: Saída recente do PSD e do Solidariedade da oposição para a base governista ainda repercute nas projeções de deputados da Assembleia Legislativa
Foto: Foto: José Leomar

Os partidos políticos no Ceará se preparam para uma maratona de atividades no mês de junho, já visando as composições e alianças para o pleito eleitoral deste ano. Faltando pouco mais de um mês para o início das convenções partidárias, e quatro meses para o dia da votação, em 7 de outubro, as pré-candidaturas majoritárias já estão definidas, restando apenas determinar as coligações proporcionais.

Enquanto parlamentares de oposição afirmam que já superaram a saída de PSD e SD do grupo, governistas comemoram a chegada de aliados, mas procuram entender como eles atuarão na campanha. Para o deputado Leonardo Araújo (MDB), por conta do descrédito popular no homem público e do tempo curto da campanha, a busca por votos será mais positiva para aqueles que intensificarem visitas às bases eleitorais.

Segundo o deputado, o MDB tem realizado encontros regionais no Estado, principalmente, para fazer "prestação de contas" de promessas feitas nas áreas de Saúde e Infraestrutura na última eleição. De acordo com ele, a ida do PSD e do SD para a base tende a ser positiva, principalmente, por conta do aumento da base de apoio do governador Camilo Santana (PT) no Legislativo.

"O ex-presidente do Tribunal de Contas, Domingos Filho, e o deputado Genecias Noronha sempre foram da base do (senador) Eunício, e o que aconteceu foi apenas uma reorganização das cadeiras partidárias", citou.Danniel Oliveira (MDB) também disse que a legenda tem buscado destacar ações do presidente do Congresso Nacional, senador Eunício Oliveira (MDB), voltadas ao Ceará.

O presidente interino do PT, Moisés Braz, por sua vez, afirmou que o partido ainda vai realizar debate sobre o ingresso das duas legendas na base, visto que, para ele, um arco de alianças expressivo é importante, mas é necessário seguir orientação da executiva nacional. Outro petista, Elmano de Freitas, acha que tal proximidade é uma incoerência, visto o posicionamento político dos membros do PSD e do SD nos últimos anos.

O PT, no mês de junho, realizará diversas atividades na Capital e no Interior, mas o Encontro de Tática Eleitoral, que estava marcado para ocorrer em maio, foi adiado e ficará para julho. "O nervoso mesmo será em julho, quando vamos ter que colher o que se plantou, com visitas às bases, mantendo a coerência para termos chances de resultados melhores", disse Elmano.

No PSDB, segundo Carlos Matos, a pré-campanha tem sido intensificada a partir de diálogos com lideranças, vereadores e prefeitos, além de um trabalho de articulação para apresentação de um plano de governo da oposição. O tucano disse que os partidos oposicionistas já superaram a saída de PSD e SD, destacando, porém, que faltou coerência às lideranças das legendas. "Não imaginávamos que alguém que procura fazer um projeto alternativo fosse se compor por interesses pessoais".

Definições

O presidente do Legislativo, Zezinho Albuquerque (PDT), por sua vez, acredita que definições ficarão para o prazo final das convenções, em agosto. Para ele, o ingresso de PSD e SD na base, sendo para cooperar com o projeto político encabeçado pelos irmãos Ciro e Cid Gomes, é importante para o Estado.

Já nos dias 8 e 9 de junho, o PROS realizará um seminário nacional com debates sobre o pleito para filiados. O partido tem buscado compor a chapa majoritária ao lado do PSDB e, segundo o presidente da legenda, Capitão Wagner, o PROS tem possibilidade de apresentar nomes de candidatos a vice-governador, senador ou suplentes.

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