Candidatos reclamam da ausência do governador

Escrito por Redação ,
Legenda: Apenas os candidatos Ailton Lopes, Hélio Góis e General Theophilo participaram do debate promovido, ontem, pela TV Jangadeiro
Foto: FOTO: JOSÉ LEOMAR

Três dos seis candidatos ao Governo do Estado do Ceará participaram, ontem, do debate promovido pela TV Jangadeiro. Durante duas horas, Ailton Lopes (PSOL), General Theophilo (PSDB) e Hélio Góis (PSL) trataram sobre os mais diversos temas ligados à administração estadual.

O governador Camilo Santana (PT) não compareceu. Estava no Rio de Janeiro, no mesmo horário, tratando de um contrato de financiamento pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social  (BNDES) para o retorno das obras da linha leste do Metrô de Fortaleza (Metrofor), disse sua assessoria. Os outros candidatos não foram convidados, por não terem os seus partidos representação na Câmara dos Deputados, no caso Mikaelton Cantarino (PCO) e Francisco Gonzaga (PSTU).

Apesar das justificativas do chefe do Poder Executivo, os candidatos presentes não lhe pouparam de críticas. Com a ausência de Camilo Santana, o embate ficou polarizado entre Ailton Lopes e General Theophilo, principalmente, pelo histórico de suas legendas, o PSOL e o PSDB, respectivamente.

Editorial

Enquanto Hélio Góis mencionou Jair Bolsonaro sete vezes, Ailton Lopes lembrou da candidatura de Guilherme Boulos, o nome do PSOL à Presidência da República, somente uma vez, já nas explicações finais. O General, por outro lado, em momento algum citou Geraldo Alckmin. Em entrevista logo após o debate, porém, o tucano fez questão de dizer que pedirá votos para o presidenciável de seu partido.

Logo no início do debate, o púlpito vazio que seria destinado ao governador Camilo Santana foi mostrado para o telespectador. No término do debate, um editorial da empresa criticou a ausência de Camilo Santana. No início desta semana já havia sinais de que Camilo não iria, segundo nota da assessoria.

O primeiro tema debatido no programa foi Educação. O candidato Ailton Lopes defendeu mais investimentos em escolas em tempo integral, além da efetivação de 100% do quadro de professores e revisão do plano de cargos da categoria. Theophilo criticou a situação física das escolas do ensino médio, alegando que isso contribui para a evasão escolar e, consequentemente, para envolvimento dos jovens com o crime organizado. Hélio Góis, por sua vez, destacou a necessidade de apoio às prefeituras municipais para investimento em creches.

Na área de Segurança, o candidato do PSOL afirmou ser necessário mais investimento em inteligência e garantias de direitos, criticando ainda a política de repressão vigente no Estado. O General defendeu mais inteligência, tecnologia e fiscalização. Ele apontou Canoa Quebrada e Jericoacoara como "campos de pouso clandestino" para o tráfico. Hélio Góis criticou o descompasso entre o efetivo da Polícia Civil com relação à Militar.

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