Candidatos e apoiadores avaliam pesquisa

Candidatos de oposição e correligionários apostam no avançar da campanha para que cresçam na disputa

Escrito por Redação ,
Legenda: Atrás de Camilo Santana (PT), o candidato do PSDB, General Theophilo, tem 4% na pesquisa. Aliados, porém, minimizam o desempenho do tucano
Foto: Foto: Helene Santos

Nem mesmo os 64% de intenções de votos no governador Camilo Santana (PT) em pesquisa Ibope divulgada na noite da última quinta-feira (16) pelo Diário do Nordeste desanimam a oposição ao postulante à reeleição. De acordo com o maioria dos ouvidos pela reportagem, com o desenrolar da campanha, os candidatos oposicionistas se tornarão mais conhecidos, o que pode fazê-los crescer na disputa.

 
> Corrida ao Senado também repercute

"A campanha acabou de começar", ponderou o deputado estadual Carlos Matos (PSDB), que apoia o nome do General Guilherme Theophilo (PSDB) para o Governo do Estado. Segundo ele, por ter sido divulgado no primeiro dia oficial de campanha, o levantamento não significa muito. "Não nos interessa pesquisa agora", declarou.

Por sua vez, o deputado estadual Capitão Wagner (PROS), outro apoiador de Theophilo, afirmou que o abismo apontado pela pesquisa já era esperado. "É normal. O General não é tão conhecido", avaliou. Segundo ele, apenas com o caminhar da campanha será possível avaliar se o nome do postulante é viável.

Wagner ainda disse que o nome de Camilo foi apontado apenas por 22% dos eleitores na pesquisas espontânea, o que demonstra que o apoio ao petista ainda não está consolidado. "O importante é fazer ele (Theophilo) crescer nas próximas pesquisas, e acreditamos que isso irá acontecer". O candidato tucano teve 4% das intenções.

O candidato Ailton Lopes (PSOL), que obteve 2% das intenções de voto, considerou os números "irreais". Ele questionou o contratante da pesquisa, o Sistema Verdes Mares (SVM), afirmando que a empresa não cobriria as campanhas de todos os candidatos da mesma forma, o que ele avalia como prejudicial à democracia. Lopes foi entrevistado pelo Diário do Nordeste na quarta-feira (15), além de ter tido o lançamento de sua candidatura reportado, assim como os dos outros candidatos.

Pouco tempo

Correligionário dele, o deputado estadual Renato Roseno, assim como os aliados do General Theophilo, apontou que a campanha acabou de começar, e que é difícil tomar esse momento como base para definir a aprovação. "A campanha começou ontem (quinta). Ela ainda não está na rua. É muito cedo para ter um prognóstico", declarou. De acordo com o parlamentar, é natural a vantagem do governador que, além da exposição natural do cargo, tem um arco de alianças com mais de 20 partidos.

Já Heitor Freire, presidente estadual do PSL, afirmou que os 2% do candidato do partido ao Governo do Estado, Hélio Gois, não agradam. Ele questiona a metodologia utilizada pelo instituto, mas também lembra que o advogado só se apresentou à população há pouco tempo. "Para alguém que era desconhecido, já vir com essa porcentagem é um começo", destacou.

O dirigente destacou que o presidenciável do partido, Jair Bolsonaro, também tinha índices semelhantes quando começou a ser incluído nas pesquisas. Hoje, ele lidera levantamentos nos cenários sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), condenado há mais de 12 anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

No momento, a prioridade, segundo Heitor Freire, é fazer o nome de Hélio Góis conhecido para que o candidato possa crescer nas pesquisas. De acordo com ele, a militância em torno da campanha do postulante do PSL ao Palácio da Abolição não desanima com os números que foram divulgados na pesquisa.

Os destaques das últimas 24h resumidos em até 8 minutos de leitura.