Artistas mulheres dão voz à campanha

Escrito por Redação ,

A disputa presidencial, polarizada entre algumas candidaturas, mobiliza não só militantes. Na reta final da campanha, personalidades brasileiras e até internacionais têm aproveitado a visibilidade que têm para se posicionar sobre a eleição - muitas delas, inclusive, encabeçando movimentos políticos na Internet. O Diário do Nordeste listou mais de 50 nomes de famosos que já se manifestaram, publicamente, em torno de candidaturas. Metade são mulheres, a maior parte do eleitorado brasileiro.

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O engajamento de celebridades na disputa ganhou força, nos últimos dias, com a campanha #elenão, contrária à candidatura de Jair Bolsonaro (PSL), nas redes sociais. Até o momento, pelo menos 17 artistas aderiram à hashtag, dentre eles as cantoras Daniela Mercury, Anitta e Marília Mendonça.

De outro lado, há personalidades que se posicionaram a favor do militar, como a atriz Antônia Fontenelle, o cantor Zezé Di Camargo, a ex-esposa dele, Zilu Camargo, e o apresentador de televisão Ratinho. Outros presidenciáveis também contam com redes de apoio de pessoas famosas que já declararam voto.

As atrizes Patrícia Pillar, Ingrid Guimarães, Paula Lavigne e Luisa Arraes apoiam Ciro Gomes (PDT), além dos cantores Caetano Veloso, Tico Santa Cruz e Alcione, dentre outros nomes. Fernando Haddad (PT) é apoiado pela cantora Clarice Falcão, o cantor Chico Buarque e os atores Enrique Diaz e Maria Ribeiro. Já os atores Maitê Proença, Cássia Kiss, Marcos Palmeira, Marco Nanini, Bruno Gagliasso e os cantores Arnaldo Antunes e Baby do Brasil defendem a candidatura de Marina Silva (Rede).

Contra a corrupção

Há também aqueles que não defendem candidaturas específicas e integram movimentos como o "Unidos contra a corrupção". A campanha ganhou a adesão de famosos como Luana Piovani, Mateus Solano e Susana Vieira.

Professora da Universidade Federal do Ceará (UFC), a cientista política Monalisa Soares lembra que, desde 1989, os partidos sempre incluíram no horário eleitoral gratuito figuras públicas como "estratégia" para alavancar candidaturas. "Toda campanha tem, no mínimo em algum momento, um programa eleitoral dedicado aos artistas".

Atualmente, por outro lado, ela analisa que o que muda com as redes sociais na Internet é que "propiciaram muito a interpelação mais explícita dos seus seguidores" e "há uma mobilização mais voluntária, inclusive, fora da estrutura partidária".

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