Analistas reagem à nova pesquisa

Escrito por Redação ,
Legenda: Para o cientista Rodrigo Gallo, mobilização nas redes sociais favorece Fernando Haddad
Foto: FOTO: ARQUIVO PESSOAL

A nova pesquisa do Datafolha, que mostrou Jair Bolsonaro (PSL) em 28%, estável em relação ao levantamento anterior e uma subida de seis pontos de Fernando Haddad (PT) para 22%, pode ter captado o desgaste contra o capitão reformado, alvo de manifestações negativas nas redes sociais e de protestos pelo País marcados para este fim de semana, além dos ruídos provocados pelo vice do militar, Hamilton Mourão.

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Esta é a avaliação do cientista político Rodrigo Gallo, do Complexo Educacional FMU e professor da Fundação Santo André, e Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo.

Para o especialista, "o aumento das intenções de voto do Haddad possivelmente reflete, sim,as mobilizações nas redes sociais, somadas às inconsistências da campanha do Bolsonaro, como as declarações do candidato a vice. Porém, isso era algo esperado, uma vez na reta final da eleição tende a culminar em mais agressividade nas campanhas", observou.

Na avaliação de Gallo, na próxima semana os ataques tendem a intensificar, podendo resultar, sim, no empate técnico entre os dois candidatos. Segundo ele, muita coisa vai depender inclusive da força dos protestos deste fim de semana e das reações da campanha do Bolsonaro. "Pela análise da série histórica da pesquisa, dificilmente Alckmin ou Ciro conseguem reverter a situação", acredita.

Cautela

Já o cientista político da USP Rubens Figueiredo diz que é preciso ter cautela ao analisar os cenários do 2º turno, em que Bolsonaro perde para Haddad.

"Nessa fase, os dois candidatos terão o mesmo tempo de TV, é possível que a taxa de rejeição de Haddad venha a crescer com os ataques. Isso pode equilibrar o jogo da rejeição. Essa é uma eleição do ele não. A pessoa vota para tirar o candidato inaceitável. O vencedor deve ser aquele que tiver a menor rejeição.

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