Acordo ainda aguarda definição de espaços

Não só a eleição deste ano está em jogo, mas também cargos na AL e na Câmara Municipal, além dos pleitos futuros

Escrito por Redação ,
Legenda: Apesar da aproximação entre Eunício e Camilo desde o ano passado, aliados do senador acreditam que ele teria espaço na base ou na oposição
Foto: Foto: Helene Santos

Apesar de já estar praticamente fora da bancada de oposição, o presidente do Congresso Nacional, senador Eunício Oliveira (MDB), ainda não fechou questão quanto a uma possível aliança com o governador Camilo Santana (PT), o que torna seu futuro político incerto. As movimentações para um eventual acordo eleitoral entre o petista e o emedebista passam por discussões sobre cargos na Assembleia Legislativa, Câmara Municipal, Prefeitura de Fortaleza e até pela sucessão do chefe do Poder Executivo, em 2022, caso Camilo venha a ser reeleito.

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Como os pontos referentes às funções no tabuleiro político cearense ainda não foram tratados entre as duas partes, não há qualquer definição sobre um acordo eleitoral para este ano, ainda que alguns liderados apontem que a aliança é dada como certa. Eunício Oliveira aparenta não estar preocupado quanto ao seu lugar na disputa de 2018, visto acreditar que pode figurar tanto em um lado como no outro do tabuleiro político do Estado.

No entanto, em reunião realizada por lideranças de partidos de oposição na última segunda-feira (8), os integrantes da bancada sequer falaram sobre a possibilidade de o senador vir a ter algum espaço em chapa formada nos próximos meses. Já na base governista, apesar dos reclames de alguns membros, a maioria das lideranças acredita que o apoio de Eunício pode ajudar o Governo na disputa eleitoral.

Carta branca

No processo para costurar uma nova aliança entre PT e MDB no Ceará, o governador Camilo Santana recebeu carta branca dos líderes locais para atuar como principal ator no diálogo entre as partes. No entanto, nenhuma questão foi fechada quanto à aliança, visto que algumas indefinições ainda impedem o prosseguimento do acordo.

Há questionamentos, por exemplo, quanto aos nomes que serão indicados como suplentes dos candidatos que vão disputar as duas vagas ao Senado, assim como as postulações a vice-governador, presidente da Assembleia, que será escolhido após o pleito eleitoral; além dos futuros candidatos a prefeito.

Até a sucessão ao Governo do Estado, em 2022, já está sendo pensada pelas partes. Deverá entrar em discussão, por exemplo, quem substituiria o governador Camilo Santana após uma eventual reeleição do atual chefe do Poder Executivo cearense.

O senador Eunício Oliveira, conforme informações, não quer esperar até o limite do prazo do calendário eleitoral para definir como ficarão acertadas as posições na disputa do pleito deste ano. No entanto, ele acredita que está em uma posição confortável, podendo disputar uma das duas vagas ao Senado pelo Ceará na oposição ou base governista. Integrantes do grupo governista e da bancada de oposição, porém, discordam deste ponto de vista.

Demora

O líder emedebista também não quer aguardar uma reorganização da bancada oposicionista no Estado, que até o momento ainda não definiu que posições serão tomadas quanto à participação na disputa. Na disputa ao Governo do Estado, em 2014, Eunício Oliveira contava com o apoio oficial de 14 prefeitos no Ceará. Agora, ele pode ter até 70 gestores municipais alinhados com sua candidatura; alguns, inclusive, da base governista de Camilo Santana.

Na Assembleia Legislativa, todos os cinco parlamentares membros da sigla emedebista deixaram de fazer ataques à gestão de Camilo Santana, uns por conta de acordo direto com a gestão, ainda no fim de 2016, e outros, mais recentemente, por conta da aproximação entre o senador e o governador. Uma aliança já é dada como certa por opositores e governistas.

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