Reconstrução deve contar com apoio internacional

Escrito por Redação ,
Rio de Janeiro. A vice-diretora do Museu Nacional, Cristiana Serejo, afirmou que museus e instituições científicas do Brasil e de outras partes do mundo já estão oferecendo peças para recompor o acervo da instituição. 

Peças do próprio Museu Nacional que estavam cedidas a outras instituições estão sendo requisitadas. Segundo Cristina, a ajuda internacional seria o ponto de partida para a recuperação. Cristina contou que um fóssil de baleia que já pertencia ao museu deve ser devolvido. Acervos de insetos, por exemplo, foram oferecidos como doação, bem como de peças indígenas – que devem voltar à instituição, após a reconstrução. 

França e EUA

O governo francês expressou sua solidariedade e prometeu apoio na reconstrução. “Em um momento em que todo o Brasil está chocado, a França está disposta a ajudar a restaurar o Museu Nacional”, afirmou o ministro das Relações Exteriores, Jean-Yves Le Drian, em um discurso no Museu do Louvre de Abu Dhabi. “Com as chamas, desapareceu uma parte da memória da humanidade”.

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Ontem, a estreia do ano letivo do curso de Estudos de Museu na Escola de Extensão de Harvard, em Cambridge, teve o Brasil como tema central. O incêndio no Museu Nacional serviu de estudo de caso para a diretora do programa de graduação, Katherine Burton Jones. 

Ela defende que é preciso discutir outros modelos de museus, que não só o americano. 

Nos Estados Unidos, os museus contam com quatro fontes de receita diferentes. A doação privada responde por 35% da receita. No país, a legislação tributária prevê incentivos fiscais à filantropia. Quem doa, paga menos imposto.