Ministro da Segurança atribui execução de Marielle à atuação das milícias

Jungmann afirmou ainda que o assassinato da juíza Patrícia Acioli e do pedreiro Amarildo demoraram mais de dois meses para serem concluídos. Marielle e seu motorista Anderson foram assassinados há 30 dias

Escrito por Estadão Conteúdo ,

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse, nesta segunda-feira (16), em entrevista à rádio CBN, que as investigações da Polícia Civil do Rio de Janeiro apontam a atuação das milícias como a provável causa da execução da vereadora Marielle Franco (PSOL). Jungmann disse que entende a urgência, mas lembrou que outros casos críticos, como o assassinato da juíza Patrícia Acioli e a morte do pedreiro Amarildo, na Rocinha, levaram mais de dois meses para serem concluídos. 

"Eles estão com uma pista fechada e têm caminhado bastante. A mais provável hipótese remete o crime à atuação de milícias no Rio de Janeiro", comentou o ministro, ressaltando o empenho da polícia em elucidar o fato. "O caso da Marielle tem 30 dias. Entendo a urgência, entendo o impacto do que aconteceu, mas lembro que o chefe da polícia civil, Rivaldo Barbosa, era amigo pessoal da Marielle. Ela fazia a ponte entre o (deputado estadual) Marcelo Freixo e as milícias", disse.

Marielle e o motorista Anderson Gomes foram mortos na noite do dia 14 de março, na região central da capital carioca.

A vereadora era militante do movimento negro e de direitos humanos. 

Durante o seu mandato no Rio, realizou denúncias de violência policial contra moradores de favelas.

 

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