Lava-Jato mira deputados estaduais e empresário de ônibus do Rio
O filho do deputado Jorge Picciani (PMDB), Felipe Picciani, é alvo de um mandado de prisão
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (14) a Operação Cadeia Velha, que tem como objetivo cumprir mandados de prisão, busca apreensão e condução coercitiva contra deputados estaduais e empresários do setor de transportes do Rio de Janeiro.
Agentes estão em endereços ligados ao empresário Jacob Barata Filho e Lélis Teixeira, ambos alvo da operação Ponto Final. Os dois estão soltos por decisão do STF (Supremo Tribunal Federal).
O presidente da Assembleia Legislativa do Rio, Jorge Picciani (PMDB), foi intimado a depor. O filho do deputado, Felipe Picciani, é alvo de um mandado de prisão. Ele é executivo na empresa Agrobilara, sob suspeita de ser usada na lavagem de dinheiro da propina.
Os mandados foram autorizados pelo desembargador Abel Gomes, relator da Lava-Jato no Tribunal Regional Federal do Rio. Eles têm como base a delação do doleiro Álvaro Novis, que declarou ter distribuído cerca de R$ 500 milhões entre 2011 e 2015 em propina para políticos a pedido de empresários de ônibus.
A Operação Ponto Final, que teve como foco a suposta quadrilha comandada pelo ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), apontou pagamentos de cerca de R$ 260 milhões. Os R$ 240 milhões restantes referem-se a pessoas com prerrogativa de foro privilegiado.
O nome da Operação Cadeia Velha é uma referência ao fato do local onde está a Alerj ter sido, no passado, uma prisão.