Ex-secretário de Cabral e delegado chefe de delegacias do Rio são presos na Lava-Jato
Investigações apontam que suspeitos integravam um esquema de superfaturamento e fraude no fornecimento de pão para os presos
A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (13) mais uma fase da Operação Lava-Jato no Rio de Janeiro, desta vez para investigar supostas irregularidades no sistema penitenciário do estado. Até o momento, os agentes já prenderam o atual Diretor Geral de Polícia Especializada do Rio, delegado Marcelo Martins, além do ex-secretário da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) na gestão do ex-governador Sérgio Cabral, o coronel César Rubens Monteiro de Carvalho.
Conforme as investigações, os suspeitos integravam um esquema de superfaturamento e fraude no fornecimento de pão para os presos, que teria desviado aproximadamente R$ 73 milhões dos cofres públicos. Ao todo, a Polícia Federal cumpre 14 mandados de prisão nesta manhã, sendo 9 temporárias e 5 preventivas. Pela primeira vez, o Ministério Público Estadual participa da ação.
Contratos suspeitos
Contratos antigos da Seap já vinham sendo objeto de investigação de promotores e da nova direção da pasta. Em janeiro, a Justiça mandou afastar o então secretário estadual Erir Ribeiro Costa Filho, após a divulgação de supostos privilégios ao ex-governador Sérgio Cabral (MDB) na cadeia pública de Benfica, no Rio.
Assumiu David Anthony, que é delegado da Polícia Civil fluminense, e que foi mantido no cargo mesmo com a intervenção federal na área da segurança no estado.