Bebê morre após comer bolo no Acre; causa será investigada

O bolo foi feito pela mãe de Kethelly Katrinny, de 1 ano, e seria levado para o pai da criança, que está preso

Escrito por Redação ,

O corpo de Kethelly Katrinny, de 1 ano, foi liberado pelo Instituto Médico Legal (IML) de Rio Branco, no Acre, sem uma conclusão da causa da morte. A criança morreu na última quarta-feira (25) após comer um bolo feito pela mãe. Com informações do portal G1.

De acordo com o IML, foram coletados sangue, material gástrico, material do olho e urina da menina para a realização de exames que possam atestar a causa da morte. 

O bolo feito pela mãe de Kethelly seria levado para o pai da criança, que está preso no Presídio Evaristo de Morais, no município de Sena Madureira. Segundo informações da polícia, a menina puxou o bolo que estava em cima de uma mesa e comeu alguns pedaços sem que a mãe percebesse. Dois primos da criança também passaram mal após comer o bolo.

Kethelly chegou ao hospital com vômito, dores fortes abdominais e sonolenta, de acordo com o médico Julio Andres Antezana, que atendeu a criança na Unidade Mista de Manoel Urbano. Ele explica que a morte foi causada por intoxicação alimentar e pneumonia química.

“O caso é de intoxicação alimentar, agora onde está o tóxico, o que foi esse tóxico, eu não sei. Não sei explicar, não sabemos como a criança teve acesso a isso”, explica.

O médico ainda confirma que dois adolescentes chegaram à unidade de saúde com os mesmos sintomas da menina, mas que não sabia da relação entre os casos.

“O que posso falar, clinicamente, é que foi um caso de intoxicação que ocorreu por um acidente indesejável, quando os pais por um descuido não viram o que a filha pôde ter acesso. Tecnicamente, foi isso que aconteceu”, explicou.

O material coletado do corpo de Kethelly foi enviado ao Laboratório Forense do IML, mas não há previsão de quando os resultados estarão prontos.

“Como para nós a causa da morte está desconhecida, mantemos a DO do médico de lá. Não dá para dizer [quando fica pronto]. Ás vezes leva 30 dias, não tem previsão. Veio material que ela teria feito o bolo para ser encaminhado para o laboratório, além de material genético dos outros que estão no hospital”, explicou o diretor do IML, Alexandre Baroni.

O diretor do IML diz ainda que também foram coletadas amostras de sangue dos primos da menina. Ele explica que a causa da morte da criança pode ter sido realmente uma infecção. 

“Pode ser uma intoxicação alimentar, de bactéria, mas vamos pesquisar se tem crime. Poderia entrar a Vigilância Sanitária para analisar essa outra parte. Se não der nada, segue com uma morte natural. Natural no sentido que não tem crime para ser apurado”, afirmou.