Afastamento de diretoria da Vale está em estudo pelo governo, diz Mourão

O presidente interino disse, no entanto, não saber se o grupo pode fazer tal recomendação

Escrito por Reuters ,

O presidente em exercício, Hamilton Mourão, afirmou, nesta segunda-feira (28), a jornalistas que o afastamento da diretoria da Vale está em estudo pelo grupo de crise do governo formado após o rompimento de barragem em Brumadinho (MG) na sexta-feira (25).

Essa questão da diretoria da Vale está sendo estudada pelo grupo de crise. Vamos aguardar quais são as linhas de ação que eles estão levantando

O rompimento da barragem em Brumadinho já contabiliza 60 mortos e ainda há ainda quase 300 desaparecidos

Reunião de gabinete

O gabinete de crise se reuniu na manhã desta segunda (28). Participaram da reunião os ministros da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, da Secretaria de Governo, general Santos Cruz, de Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, de Minas e Energia, Almirante Bento, e de Defesa, Fernando Azevedo.

O general defendeu uma punição rigorosa para os culpados, inclusive criminalmente

"Primeiro a punição que dói no bolso, que já está sendo aplicada; e segundo, se houve imperícia, imprudência ou negligência por parte de alguém dentro da empresa essa pessoa tem que responder criminalmente. Afinal de contas, quantas vidas foram perdidas nisso daí", questionou.

Mourão destacou também que a primeira parte da ação já está sendo feita agora com o rescaldo da área, o socorro às vítimas e o resgate de corpos. 

"Infelizmente, a cada dia que passa é menos provável que a gente encontre alguém com vida, mas não podemos perder as esperanças", disse.

Meio Ambiente

Questionado sobre se, após o desastre, o governo poderia fazer uma defesa mais enfática do meio ambiente, levando o tema para o centro das decisões, Mourão afirmou que o presidente Jair Bolsonaro já sinalizou tal posição no Fórum Mundial Econômico, em Davos, na Suíça, por conta da discussão sobre a permanência do Brasil no Acordo de Paris.

"Eu também já disse que nós não podemos nos furtar, que essa é uma questão moderna. Aumentou demais o número de pessoas na terra, a exploração econômica de modo que a gente possa alimentar essas pessoas todas é enorme a gente tem que, de todas as formas preservar, porque é o nosso planeta né, se não vamos ter que viver em Marte", disse.

Mourão assumiu a presidência da República interinamente nesta manhã porque o presidente Jair Bolsonaro passa por uma cirurgia em São Paulo para a retirada da bolsa de colostomia. Segundo Mourão, a previsão é que a cirurgia acabe por volta das 13h.

Com informações do Estadão Conteúdo