Na reta final, Marina Silva grava vídeo com as filhas

Escrito por Redação ,

Brasília. Em cenas inusitadas de seu cotidiano em casa, comendo um prato de sopa com banana, com olheiras, partindo de madrugada para uma nova viagem, puxando uma malinha ou sendo ajudada a descer da van no aeroporto. A candidata da Rede à Presidência, Marina Silva, gravou um vídeo de campanha com as filhas Moara e Shalon em que volta a refutar o discurso de que as mulheres são fracas.

Filha mais nova de Marina, Moara relembra passagens vividas ao lado da mãe durante o período em que a candidata foi ministra do Meio Ambiente, no governo de Lula. Com cerca de cinco minutos, a gravação foi postada nas redes sociais da candidata. "A força dela é moral, a força dela está na ética, nos princípios, e essa força ninguém pode tirar. A maioria das pessoas que falam que ela é fraca não dariam conta de ficar dois dias na rotina da minha mãe. Uma pessoa que andava 14 km para cortar seringa", diz Moara.

A gravação é marcada por um discurso emocional, concentrado em críticas aos demais presidenciáveis. "A gente está vivendo um momento muito difícil na política. Essa história de que existem os salvadores da pátria? A pátria é uma construção de todos nós. Na democracia, a gente não pode oferecer às pessoas um destino. Só os tiranos oferecem um destino. Os democratas oferecem a possibilidade de uma vida melhor", diz Marina.

A candidata da Rede também dirige suas palavras aos eleitores que "querem se iludir, querem se infantilizar, querem alguém que diga que vai fazer tudo por elas". "A política, como demanda de amor, ela é destrutiva. Você vira uma espécie de buraco negro. Você faz tudo para ter o poder".

Infância

Depois da fala da filha Moara, é a vez de Shalon descrever passagens de sua vida com a mãe política. Ela fala de passagens da infância difícil com o irmão Danilo, no Acre. "Uma vez eu cheguei da escola, acho que tinha uns cinco anos de idade, e tinha ouvido falar que as pessoas tomavam banho de chuveiro. Eu e meu irmão Danilo tivemos uma infância bem difícil e não tomávamos banho de chuveiro. Tomava banho jogando lata d'água na cabeça. Fomos perguntar para minha mãe o que era o tal chuveiro. Com a força criativa que ela tem, com o acolhimento de mãe, ela falou: a gente tem chuveiro, sim. Vou mostrar para vocês. Levou a gente para o banheiro, furou uma lata de leite, e colocou em cima da cabeça da gente".