Mauro Sinott Lopes deixa o cargo no RJ

Interventor federal na Segurança Pública nega desavenças com braço direito, que foi nomeado para o Rio Grande do Sul

Escrito por Redação ,
Legenda: General vai comandar agora a 3ª Divisão do Exército na cidade gaúcha de Santa Maria, o que segundo o órgão já estaria previsto desde março
Foto: Foto: AGÊNCIA BRASIL

Rio de Janeiro/Brasília. O chefe do Gabinete da Intervenção Federal no Rio (GIF), general Mauro Sinott Lopes, deixou o cargo, confirmou, ontem, o Comando Militar do Leste (CML). Sinott era o braço direito do interventor na segurança do Rio de Janeiro, o general Walter Souza Braga Netto.

De acordo com o CML, a saída de Sinott já estava prevista, pois ele havia sido nomeado para comandar a 3ª Divisão do Exército, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Segundo o órgão, o general foi substituído no cargo de Comandante da 1ª Divisão do Exército, em 20 de março de 2018, e deveria ter seguido para Santa Maria para assumir a função. "Entretanto, em função da experiência e engajamento nas atividades iniciais da Intervenção Federal, permaneceu no GIF até junho, com o encargo de completar o planejamento estratégico e conduzir as ações emergenciais e estruturantes em andamento", afirmou, por nota, o Gabinete de Intervenção.

O porta-voz do CML, coronel Roberto Itamar, disse que "não há nenhuma novidade na saída". "Não há nenhuma outra razão sobre a saída dele exceto para assumir esse cargo", afirmou. Durante a Olimpíada de 2016, Sinott comandou o Comando Conjunto de Prevenção e Combate ao Terrorismo e tem passagens pelas áreas de Cavalaria, Blindados e Inteligência do Exército. Também trabalhou nas Embaixadas Brasileiras em Portugal e na Colômbia.

Substituto

O substituto de Sinott será o general Paulo Roberto de Oliveira, atual Chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Leste. Natural de Curitiba, no Paraná, ele já comandou a 15ª Brigada de Infantaria Mecanizada, em Cascavel, e foi chefe do Estado-Maior do Oeste. O interventor na Segurança do Rio, general do Exército Walter Souza Braga Neto, também comandante militar do Leste, negou a possibilidade de a intervenção ser encerrada antes do prazo (31 de dezembro).

Após quase quatro meses de atuação no Rio, o comando da intervenção federal na segurança do estado apresentou, ontem, o plano estratégico das ações ao presidente Michel Temer.

Segundo Braga Netto, as bases do plano estratégico já estavam definidas e em andamento antes da entrega do documento de 82 páginas a Temer.