Fernando Haddad acena a Ciro Gomes em sabatina
São Paulo. O presidenciável Fernando Haddad (PT) acenou ontem a seu adversário Ciro Gomes (PDT), e a outros candidatos de "centro-esquerda" para uma composição em eventual segundo turno e mesmo para equipe de governo, caso seja eleito.
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Haddad foi o último entrevistado de uma série de sabatinas promovidas pelo portal UOL com os candidatos à Presidência, em parceria com o jornal "Folha de S.Paulo" e o SBT.
Vice na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-prefeito de São Paulo foi confirmado como cabeça de chapa pelo partido na semana passada, após Lula ter o registro indeferido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Indagado sobre Ciro, com quem Haddad diz que o PT chegou, meses atrás, a cogitar uma composição de chapa com o pedetista como vice, Haddad lembrou que o ex-governador do Ceará também o convidou para ser seu vice - posição ocupada pela senadora Kátia Abreu (PDT). "O Ciro é meu amigo, é uma pessoa que estimo. Eu falei com ele, não o Lula. Eu o procurei em janeiro, falei com o (filósofo) Mangabeira Unger na minha casa", relembrou.
O petista ainda afirmou ter levado o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, para falar com Lula no Instituto Lula, em São Paulo, em fevereiro deste ano.
Na pauta, disse, estava a possibilidade de união eleitoral. "Fui o que mais buscou aproximar a centro-esquerda, de todas as partes, para lutar contra esse obscurantismo que está solto".
'Sem sectarismo'
Haddad ainda se definiu como "uma pessoa que não tem nada de sectário" e "que vai ajudar a construir um amplo campo de apoio - democrático, popular, com um projeto comum".
"Não é nem bacana para a sociedade a gente, em função da disputa de primeiro turno, ficar rebaixando os demais (adversários). Se quer saber, eu vou é enaltecer as pessoas de centro-esquerda porque quero estar com elas no segundo turno e quero estar com elas no governo", reforçou o petista.
"Você não vai ouvir de mim nada desabonador em relação às pessoas que acho que comporão o governo que vai salvar o Brasil dessa crise", concluiu.