Ex-marqueteiros do PT depõem

Escrito por Redação ,

São Paulo. Os publicitários João Santana e Mônica Moura, antigos marqueteiros do PT que fizeram as campanhas presidenciais de Lula e Dilma, afirmaram à Polícia Federal ontem que houve uso de Caixa 2 na campanha de Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo, em 2012.

Eles apontaram ao menos R$ 20 milhões na contabilidade paralela do petista. O ex-prefeito afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que "não teve acesso ao novo depoimento de João Santana e Mônica Moura à Policia Federal". "No entanto, pelos depoimentos anteriores, ambos confirmaram que jamais trataram com Haddad de financiamentos não oficiais da campanha de 2012".

Segundo o advogado Juliano Campelo Prestes, que acompanhou o casal à PF em São Paulo, eles "ratificaram os termos da colaboração premiada". Prestes disse que Santana e Mônica foram à PF "para ratificar" o que disseram no âmbito da delação premiada fechada com a Operação Lava-Jato.

Prestes ponderou que "o processo é sigiloso". Mas ele confirmou que o casal manteve os termos da delação homologada. Santana e Mônica estão em regime de prisão domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica. Em 2016 eles ficaram presos em Curitiba durante seis meses, por ordem do juiz Sérgio Moro, até que resolveram fazer delação.

Um anexo que faz parte da colaboração premiada dos marqueteiros trata exclusivamente do ex-prefeito Haddad, que nega ter sido beneficiado com caixa 2 de sua campanha. Por meio de sua assessoria de imprensa, o ex-prefeito esclareceu: "O ex-prefeito Fernando Haddad informa que não teve acesso ao novo depoimento de João Santana e Monica Moura à Policia Federal No entanto, pelos depoimentos anteriores, ambos confirmaram que jamais trataram com Haddad de financiamentos não oficiais da campanha de 2012. Cabe informar que a Odebrecht, citada como suposta financiadora teve todos os seus interesses contrariados pela gestão. A saber, o túnel da Avenida Roberto Marinho e a recompra das Cides da Arena Corinthians. Haddad reitera que está à disposição dos órgãos competentes para prestar quaisquer esclarecimentos".