Edson Fachin ordena bloqueio de R$ 12,8 mi da família de Geddel

Escrito por Redação ,

Brasília. O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou ontem o sequestro de R$ 12,8 milhões de quatro empresas que teriam sido usadas para lavagem de dinheiro pelo ex-ministro Geddel Vieira Lima; o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), irmão dele; Marluce Vieira Lima, mãe dos dois; e o empresário Luiz Fernando Machado da Costa Filho. 

A decisão foi tomada a pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, em ofício enviado ao STF na última terça-feira (5), junto com a denúncia apresentada contra o grupo por lavagem de dinheiro e organização criminosa.

O valor que Dodge pediu para ser sequestrado das empresas corresponde à lavagem supostamente cometida por meio das empresas GVL Empreendimentos, M&M Empreendimentos, Vespasiano Empreendimentos e Cosbat Construção e Engenharia. As empresas construíram sete empreendimentos imobiliários. Parte desses imóveis serão alvo do confisco.

Fachin também deu prazo de 15 dias para os quatro apresentarem manifestação de defesa sobre a denúncia apresentada. Terão o mesmo prazo Gustavo Pedreira do Couto Ferraz, ex-secretário de Defesa Civil de Salvador, e Job Ribeiro Brandão, ligado à família Vieira Lima. 

Os dois também foram denunciados por suspeita de participação no esquema.

Abertura de inquérito

Na mesma decisão, o ministro do Supremo determinou a abertura de novo inquérito para investigar a prática de peculato por parte de Geddel, a mãe, o irmão deputado e outro irmão, Afrísio Vieira Lima Filho. Eles são suspeitos de se apropriarem de até 80% dos rendimentos pagos pela Câmara dos Deputados a servidor, bem com o desvio de finalidade relativo a outros funcionários vinculados ao deputado federal denunciado.

Dodge também pediu a imposição de medidas cautelares a Lúcio Vieira Lima e à mãe dele: recolhimento noturno, monitoramento eletrônico e pagamento de fiança. 

Fachin determinou que ambos se manifestassem sobre esse pedido antes de tomar a decisão.