‘Documento é tema para historiadores’

Escrito por Redação ,

 

Brasília. O ministro interino da Defesa, general Joaquim Silva e Luna, disse ontem que memorando da CIA sobre controle do ex-presidente Ernesto Geisel (1974-1979) a órgãos de repressão do Exército durante a ditadura militar é assunto para historiadores. “Para o Ministério da Defesa, esse tema se esgota na Lei da Anistia. A partir daí, é uma atividade para historiadores e, se tiver demanda, para a Justiça. Isso passa a ser assunto de historiadores e Justiça, se houver demanda. Com a Lei da Anistia, do ponto de vista militar, este assunto está encerrado”, disse.

A resposta foi dada pelo ministro após sua participação em evento no Palácio do Planalto para abertura da exposição “Entre a Saudade e a Guerra”, que homenageia a participação de combatentes brasileiros na Itália, durante a Segunda Guerra Mundial. Na última semana, o professor da FGV Matias Spektor localizou um memorando do órgão de inteligência dos Estados Unidos que informava que Geisel avalizou assassinatos de adversários do governo.

No documento, de 1974, o então diretor da agência, William Colby, disse que o general e então presidente, Ernesto Geisel, buscaria ter o controle sobre o principal órgão de repressão do Exército, o Centro de Informações do Exército (CIE).

Segunda Guerra

No mesmo evento, o presidente Michel Temer exaltou a importância da participação dos pracinhas brasileiros na Segunda Guerra. “Não há homenagem alguma que possa, ou seja bastante, para exaltar aqueles que, sob o comando do general Mascarenhas de Moraes, enfrentaram a morte, convenhamos, em nome da liberdade. Aliás, o regime que foram combater eram regimes autoritários, fechados, centralizados, de modo que foram combater em nome da democracia”.