'Demônio do País virou o PT', justifica Haddad

Presidenciável encerrou série de entrevistas do 'Jornal Nacional' com defesa do legado de Lula e rebatendo críticas

Escrito por Redação ,
Legenda: Fernando Haddad (PT), ex-ministro da Educação , culpou oposição pela crise no Brasil e disse que a ex-presidente Dilma foi "sabotada"
Foto: FOTO: REPRODUÇÃO DE TV

São Paulo. Em sabatina no "Jornal Nacional", o candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, rebateu, na sexta-feira, as principais críticas às gestões de Lula e de Dilma e culpou os adversários da sua legenda (principalmente integrantes do PSDB e MDB) e pela crise político-econômica no Brasil nos últimos anos. O presidenciável se defendeu ainda de denúncias contra sua administração como prefeito de São Paulo e prometeu, se eleito, um futuro de "desenvolvimento econômico com inclusão".

> Marina e Alckmin rebatem Mourão
 
Haddad foi o último dos principais presidenciáveis a participar da série de entrevistas do telejornal mais visto do País. O motivo é que, só na última terça-feira, ele foi oficializado perante à Justiça Eleitoral como substituto do ex-presidente Lula, preso e condenado na Operação Lava-Jato por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Haddad disse perdeu a reeleição à Prefeitura de São Paulo, em 2016, porque o eleitor "foi induzido a erro". Para ele, a crise daquele ano fez com que seu partido virasse "o demônio do País". O candidato refutou o selo de candidato "poste", indicado pelo ex-presidente Lula, e disse que foi escolhido pelo seu padrinho político, para disputar a prefeitura paulistana em 2012 porque foi "o melhor ministro da Educação".

Haddad disse ainda que os presidente Lula e Dilma Rousseff, que nomearam ministros que, muitas vezes, votaram contra petistas no Supremo Tribunal Federal (STF), nunca fizeram as nomeações pensando em como os juízes se posicionariam. "Nunca partidarizamos o Judiciário", garantiu o petista.

Corrupção

O candidato fez ainda críticas à prática de delação premiada e evitou fazer uma autocrítica sobre a participação de integrantes de seu partido nos escândalos do mensalão e do petrolão.

"Eu não condeno ninguém por antecipação", disse Haddad, acrescentando que os governos do PT "fortaleceram os mecanismos de fiscalização" e de combate à corrupção.

No mais recente Datafolha, divulgado na sexta, Haddad chegou a 13% e está empatado numericamente em segundo lugar com Ciro Gomes (PDT). Lidera a corrida, segundo o levantamento, Jair Bolsonaro (PSL), com 26% das intenções de voto.