Caso Marielle: vereador nega ter ligação com milícia

Escrito por Redação ,

Rio de Janeiro. O vereador Marcello Siciliano (PHS) negou, que tenha qualquer tipo de ligação com um grupo de milicianos que age na zona oeste do Rio, como mostrou uma reportagem do programa "Fantástico", da TV Globo.

Uma ligação interceptada pela Polícia Civil mostra o parlamentar pedindo a ajuda de um miliciano para inaugurar um projeto social numa região controlada pela milícia. Em outra conversa gravada, um miliciano pede ajuda de Siciliano para intervir junto ao 31º Batalhão da PM para prender bandidos que mataram um amigo deles e pede ajuda para encontrar os responsáveis pelo crime. Siciliano promete atender o pedido e se despede com um "te amo, irmão".

Ontem, a Justiça do Rio de Janeiro determinou a transferência do ex-PM Orlando Oliveira de Araújo, conhecido como Orlando de Curicica, para um presídio federal de segurança máxima. Uma testemunha do caso afirma que Orlando está envolvido na morte da vereadora Marielle Franco.

Dois meses

Ontem, o crime completou dois meses. Os pais da vereadora assassinada, Marinete e Francisco Silva, participaram de um ato em frente à Secretaria de Segurança Pública do Rio cobrando uma resposta. "Não existe crime perfeito", disse Marinete. "Ela nunca fez mal algum. Não dá para entender como alguém teria uma motivação iminente", disse. A Anistia Internacional afirmou que, a cada dia, aumentam as dúvidas sobre a eficácia da investigação. A entidade reforçou que o duplo assassinato não pode ficar sem respostas.