Armas de fogo complicam João de Deus, alvo de nova investigação

Médium, preso desde domingo, sofreu ainda duas derrotas na Justiça. Defesa já recorreu ao Supremo

Escrito por Redação ,

Após indiciar o médium João Teixeira de Faria, o João de Deus, por violência sexual mediante fraude, a Polícia Civil de Goiás decidiu abrir um novo inquérito contra o líder religioso, nesta quinta-feira. Agora, ele também será investigado pela posse ilegal de arma de fogo, com o agravante de ter sido encontrado um revólver com a numeração raspada em sua residência. As armas foram descobertas durante cumprimento de mandado de busca e apreensão na terça-feira (18).

Na ocasião, os investigadores acharam cinco armas espalhadas pelo quarto de João de Deus, em um de seus endereços na cidade de Abadiânia (GO), cidade onde fez fama como líder religioso.

Foram apreendidos dois revólveres de calibre 32, um de calibre 38, uma pistola 380, com capacidade para 12 tiros, e uma garrucha calibre 22, que tinha a numeração raspada. Também foram encontrados diversas munições, em poder de João de Deus, sendo algumas estrangeiras.

Dentre elas, estavam munições 357, exclusiva de uso militar, e que pode ser usada em calibre 38. Segundo a polícia, as armas não têm registro junto à Polícia Federal ou ao Exército e, por isso, o médium terá de responder por esses crimes.

"Essas armas não possuem registro, uma delas tem numeração raspada, então, denota-se mais uma investigação referente a esse armamento", afirmou o delegado-geral da Polícia Civil de Goiás, André Fernandes. "Ele vai responder pela posse e a questão da arma raspada terá uma qualificação diferenciada", disse.

Apreendidos R$ 405 mil em dinheiro vivo

Os investigadores descobriram cerca de R$ 405 mil em dinheiro vivo em um dos endereços de João de Deus em Abadiânia (GO). O valor estava distribuído em diferentes tipos de moeda, como francos suíços, dólares, pesos argentinos e euros. O maior volume de notas era de reais.

Lavagem de dinheiro é uma das suspeitas

Ainda não se sabe a origem do dinheiro, mas os agentes estranharam a quantidade, considerada anormal por estar armazenada em uma residência comum. É provável ainda que João de Deus também seja investigado por lavagem de dinheiro.