Aprovados projetos de Marielle no Rio

Escrito por Redação ,

Rio de Janeiro. A Câmara Municipal do Rio aprovou, ontem, em primeira votação, cinco projetos de lei da vereadora Marielle Franco (PSOL), morta no dia 14 março, executada com nove tiros. Os vereadores aprovaram também a concessão do nome dela para a tribuna da Casa. Agora, os projetos seguirão para uma segunda votação, ainda sem data marcada, para depois serem encaminhados ao prefeito Marcelo Crivella para sanção.

As galerias, lotadas de apoiadores de Marielle, vibraram com a aprovação dos projetos, que incluem a criação de creches públicas noturnas para mães que trabalham à noite; a criação do Dia da Mulher Negra, a ser comemorado em 25 de julho; a criação de campanha permanente contra o assédio e a violência sexual em ônibus e trens, e a criação do Dossiê Mulher. Um dos projetos, porém, que inclui o dia de luta contra a homofobia, lesbofobia, bifobia e transfobia teve a apreciação adiada.

O vereador Tarcísio Motta, líder do PSOL, disse que houve um entendimento entre a maioria dos vereadores de aprovar os projetos de Marielle como homenagem e reconhecimento à parlamentar, que tinha entre suas principais bandeiras a defesa das populações pobres, das mulheres negras e do público LGBT.

"São projetos que defendem os direitos da mulher trabalhadora, as políticas públicas para as mulheres, a vida nas favelas e os trabalhadores. Cabe agora aprovar em 2ª votação e que Crivella sancione e coloque em prática", disse Motta. A viúva de Marielle, Mônica Benício, acompanhou a sessão na Câmara. "Faz 50 dias que minha mulher foi brutalmente assassinada, mas a voz de Marielle não será calada, nós vamos continuar na rua", afirmou.