Alckmin tenta se descolar de Temer
Rio de Janeiro. O candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, fez um esforço em se desvincular do governo de Michel Temer (MDB), em entrevista ao jornal carioca "O Globo", ontem.
Ele disse ter sido contra o partido ingressar no governo, a que se referiu como "um grande problema porque não tem voto". "O PSDB não tem nada a ver com esse governo, totalmente distanciado do povo. Partido moderno dialoga com o povo, presta conta", afirmou, acrescentando que o "PT que escolheu o Temer".
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O candidato disse também que as eleições 2018 são "atípicas" e que "ninguém está garantido no segundo turno". Ao ser questionado se não achava que nem Jair Bolsonaro (PSL) já estaria garantido no segundo turno, ele disse ser contra candidatos populistas, seja de esquerda ou direita. "Isso de aventureiros tem consequências lá na frente. Não leva a lugar nenhum".
Corrupção
Alckmin comentou ainda a prisão do ex-governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), e a operação que teve como alvo o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), acusado de corrupção. Alckmin se disse surpreso com os acontecimentos e afirmou que "as pessoas citadas devem se explicar".
"Toda a sociedade brasileira quer que se punam os culpados e absolvam os inocentes. Não passamos a mão na cabeça de ninguém", disse. Ele afirmou também que foi o único do partido que votou contra a reeleição de Aécio Neves (PSDB) na sigla e que, na época, "não tinha denúncia nenhuma contra ele".