Acesso a raticidas pode ter restrição

Escrito por Redação ,

Brasília. A diretora de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis, Fátima Marinho, defendeu, ontem, a adoção de políticas que restrinjam o acesso a pesticidas e raticidas no País como forma de se prevenir casos de suicídio. Entre as medidas sugeridas, está a proibição da venda desses produtos em pequenas embalagens. "Apresentações maiores são mais caras. E o preço maior pode ajudar a coibir pessoas a comprar o produto e deixar em casa", afirma Fátima.

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Segundo ela, um estudo sobre os reflexos à saúde pública provocados por agrotóxicos vai embasar medidas de prevenção. "Os números começam a indicar que agrotóxicos aumentam não apenas o risco de suicídio, mas de casos de aborto e malformações", disse. Mais da metade (57,6%) das tentativas de suicídio no País foram por meio de intoxicações, como envenenamento ou abusos de substâncias.

Além de ser a principal causa de tentativa de suicídios, a intoxicação responde por 18% das mortes. Entre mulheres, indicadores passaram no período de 5.264 para 26.251. Entre homens, de 2.471 para 10.028. Medicamentos são os principais agentes tóxicos usados, seguidos por raticidas e agrotóxicos.