Sinais de melhora

Após delicada fase política, consequente de denúncias da PGR, quando Rodrigo Janot era o titular, começa o registro de índices de crescimento econômico, em níveis moderados, porém sinalizadores de que algo positivo começa a despontar em setores vitais. Na agricultura e na indústria, o fato há ensejado ao Executivo contabilizar discreta prosperidade, contribuindo para a reconquista da confiança dos compatrícios nesta reta final da gestão Michel Temer. A dificuldade maior na contenção do equilíbrio das finanças públicas é a Reforma Previdenciária, diante da reação da grande massa de interessados, mesmo com a atenuação processada no âmbito do parecer de Artur Maia.

Esta abrandou os itens mais polêmicos, como forma de diminuir a reação negativa dos sindicatos, inconformados com as alterações contidas na Legislação pertinente. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, mantém-se intranquilo quanto ao rumo da votação dos seus pares, pois, até agora, tem encontrado resistências intransponíveis e que, lealmente, transmite ao primeiro mandatário do País. Há quem prognostique a transferência da deliberação para 2018, proposta que não agrada a Henrique Meirelles, ministro da Fazenda, arauto das modificações que considera indispensáveis na presente conjuntura.

O Planalto ainda resiste aos apelos das lideranças situacionistas, esperando encontrar a solução que compatibilize interesses conflitantes menos veementes do que no início da proposição no Congresso. Os mais conformados, diante de um impasse tamanho, repetem o conhecido adágio: "Deixa como está, pra ver como é que fica!"

Mauro Benevides. Jornalista