Setembro Amarelo

No Brasil, entre 1980 e 2012, as taxas de suicídio cresceram 62,5% na população em geral. Na faixa etária dos 15 aos 29 anos, a média aumenta em ritmo mais rápido do que em outros segmentos. São 5,6 mortes a cada 100 mil jovens (20% acima da média nacional). Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 800 mil pessoas morrem por suicídio todos os anos no mundo; 75% dos suicídios ocorrem em países de baixa e média renda. Nesse contexto, torna-se importantíssimo um trabalho preventivo, focado no desenvolvimento e potencialização de competências e habilidades socioemocionais, como autoconhecimento, autovalorização, autoestima elevada, amor próprio, superação de ofensas, aprender a trabalhar perdas e frustrações, entre outros temas. O diálogo é essencial para construirmos pontes com o outro, ainda mais sendo saudável, permeado pela escuta atenta ao outro, permite ao ser humano vivenciar o sentimento de pertencimento a um espaço, quer seja este familiar, de amizade, de amor ou profissional.

A conversa pode abrir caminhos que passam longe de "indicar uma possibilidade" ao suicídio. Vamos ficar atentos. Pode salvar uma vida. A campanha Setembro Amarelo surgiu com o intuito de mudar esse cenário, isto é, de conscientizar a população acerca da importância de falar sobre o tema. Ela pretende dar mais visibilidade e orientar a maior quantidade possível de pessoas sobre a importância de falar sobre o suicídio e claro, colaborar para prevenir o ato.

Camila Cury
Psicóloga