Reencontrar o Brasil

A derrocada do Lulopetismo foi marcada pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e pela confirmação da condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, inclusive com a sua prisão, o que o torna inelegível à luz da Lei da Ficha Limpa. Tudo isso abriu uma janela de oportunidades para o País se recompor dos desmandos de governos populistas, que levaram a estes desatinos administrativos a Nação brasileira. Se não tivessem sido estancados a tempo, como foi, inevitavelmente nós estaríamos reduzidos a uma outra Venezuela.

Vamos pedir a Deus que, nas próximas eleições, nos mostre o caminho do desenvolvimento econômico, social e político, guiado por lideranças éticas e responsáveis para ajudar na compreensão dos desafios da Nação e fomentar o debate acerca desta reconstrução, através de temas que modernizem o País. "É chegada a hora de unificarmos toda a sociedade em torno de uma agenda de interesses comuns", como afirmou o general Charles de Gaulle, o ex-presidente da França que reergueu e reconstruiu seu país dos escombros da Segunda Guerra Mundial.

Por mais graves que tenham sido os males infringidos ao Brasil, nos últimos anos; para repará-los nos próximos anos, não precisamos de um estadista do porte do general Charles de Gaulle, embora isso seja desejável. Um líder decente, pautado por valores morais e disposto a recompor uma agenda que atenda aos anseios por ética no exercício da atividade política e estabilidade econômica, racionalidade administrativa e responsabilidade fiscal já será capaz de fazer o País dar o salto em direção a um futuro mais promissor. O problema é que não tem surgido nomes que aglutinem ideais e vontades. Infelizmente, as ações que devem ser adotadas para dar prumo ao Brasil já estão suficientemente expostas, diante da falta de debates partidários ou parlamentares, em termos concretos

O que se vê é uma escassez de liderança e uma sociedade aflita no nosso Brasil. No momento atual, não faltam vozes a se aproveitarem da justa indignação da sociedade diante da "classe política", dando-nos uma sensação de insegurança que parece não ter fim essa dicotomia entre nós e eles e que foi engendrada pelo PT, e que dificulta qualquer debate profícuo em torno de um interesse geral. E isto tem tornado a vida de milhões de brasileiros, todos os dias, um eterno desafio. O Brasil nos pertence e não a essa meia dúzia de mercenários que vive e faz da política um verdadeiro negócio.

Humberto Mendonça

Empresário