Poder dos costumes saudáveis

Nossas escolhas podem contribuir com o nosso bem-estar e com a comunidade local em que vivemos. Às vezes, penso que estamos infestando o planeta terra. Afinal, nossa espécie, para sobreviver, consome recursos naturais da terra e se multiplica exponencialmente. 

Creio que precisamos repensar o consumo. Se bem cuidado, o planeta pode bancar nossa sobrevivência por mais alguns milhares ou bilhares de anos. 

Segundo dados do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, a produção de lixo no mundo pode ter um crescimento de 1,3 bilhão de toneladas para 2,2 bilhões de toneladas, até o ano de 2025. É muito lixo produzido. E para minimizar os impactos disso, pessoas, empresas e governos têm que buscar o descarte correto e a gestão desses resíduos, priorizando a recuperação e a reutilização dos recursos.

Depois de tanto pesquisar, hoje faço as minhas escolhas assim: qual é a opção menos danosa? Menos danoso para o meio ambiente, à sociedade, à minha saúde e bem-estar. Minhas conclusões? 

Comamos mais plantas que animais, sempre que possível, consumamos orgânicos, priorizemos alimentos frescos e evitemos qualquer aditivo artificial nos alimentos.

Nesse momento, que já discutimos o que contém nosso alimento, perguntamos: qual é a idade da nossa comida? De onde ela veio? A legislação brasileira não obriga a dizer em qual data um produto foi fabricado, mas todo produto embalado é obrigado a conter a data de validade, aí é só fazer as contas. 

E isso é ruim? Não necessariamente. A tecnologia de embalagens evoluiu muito, e algumas delas conseguem conservar alimentos sem necessitar de nenhum aditivo químico. Mas, definitivamente, um alimento como esse nunca será melhor que um alimento fresco, cheio de nutrientes que não se perderam com o tempo ou com diversos processamentos.

Naturalmente, descobriremos que a solução mais simples é consumir produtos locais. Além de serem melhor para nós, são melhores para o meio ambiente. 

Agora, começamos a entender o poder das simples escolhas. E essa consciência, que tentamos desenvolver, é que será responsável pela maior mudança no padrão de consumo de alimentos dos próximos anos.

Joana Ramalho
Empresária