Parque de Jeri sob polêmica

Moradores da Vila de Jericoacoara, no Litoral Oeste cearense, saíram às ruas, no domingo, 24/6, para protestar contra a proposta do governo Federal que, por meio do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), pretende abrir licitação para a concessão de serviços de gestão dentro do Parque Nacional, por uma empresa privada. Para os moradores, que estão colhendo assinaturas que "gerará novas taxas para os turistas", reclamam os moradores. Esta matéria da editoria Regional, de segunda-feira, 25/6, foi a mais lida da semana no Diário do Nordeste.

A concessão seguiria o exemplo de outros locais turísticos do País, como a Ilha de Fernando de Noronha (PE) e os parques nacionais de Foz do Iguaçu, no Paraná, e da Tijuca, no Rio de Janeiro. A proposta do edital concede à empresa vencedora, com 15 anos de contrato, entre outros direitos, a responsabilidade de criar uma estrutura de apoio à visitação pública no Parque Nacional, que vá além dos serviços já oferecidos pelo Município, referentes à Vila.

Valores da taxa

A proposta também reforça que a nova empresa crie um Centro de Visitantes, melhore os acessos e manutenção de trilhas e estradas que levam ao Parque Nacional e seus atrativos, além de garantir a limpeza e a própria segurança do equipamento, com 8.850 hectares, que abrangem os municípios de Jijoca de Jericoacoara e Cruz.

"O que ficou claro é que os moradores de Cruz, Jijoca de Jericoacoara e Camocim estarão isentos da taxa. Pensamos na possibilidade de os moradores do Estado do Ceará, e isso ainda está em estudo, pagarem R$ 3,00, cabendo ao visitante de outros estados investirem R$ 14, e o turista estrangeiro responder por R$ 28", explica Jerônimo Carvalho, chefe do Parque.

A ideia, segundo Jerônimo Carvalho, é realizar, de fato, a conservação do equipamento como espaço para uso público de qualidade, que o Parque não disponibiliza hoje.