Os jovens e a família

O Cristianismo consagra a família com sublimes e fecundas vivências. A família é secular e universalmente distinta na sociedade, o relacionamento com fortes sentimentos, e conflitos de liberdade, dependência e liderança. Começando pelo casal com influências socioculturais e espirituais. Os filhos devem estar preparados para o enfrentamento das malversações sociais, com estrutura psíquica sólida obtida através da educação e da origem genética saudável.

Froebel, educador alemão ensinava a criança como uma flor, que floresce melhor quando cuidada por um jardineiro dedicado. Preconizava recreação livre com excursão pelos campos, estudo da natureza e trabalhos manuais. Lauretta Bender, pioneira na Psiquiatria infantil considerava um ambiente permissivo, advertindo que a completa liderança para liberar sentimentos e impulsos determinaria a desintegração do caráter.

A Escola Inglesa Summerhill (Neill) afirma que a permissividade incontrolável dirigia os jovens para o ócio e as drogas, impedindo os estudos e a formação intelectual. A criança onisciente e onipotente, que sabe tudo e contesta o processo educativo, apresenta constantes erros por ignorância. O excesso de atividades eletrônicas, computador e telefone desorientam.

A vida familiar (os pais) deve orientar os filhos para o futuro profissional e conjugal, iluminando o futuro da vida humana. Os filhos formam um elo indestrutível com os pais. Os sentimentos desenvolvem uma relação infinita e insubstituível.

As terapias das crianças devem se constituir jogos, recreação, arte e diálogo. Ou seja, ludismo, arteterapia, meloterapia e logoterapia, solidariedade e segurança dos pais e da família, o que é mais importante. Os filhos do divórcio alcançam índices maiores de desordens psicossociais. Desunião, agressão e alienação dos pais separados têm consequências jurídicas.

Pais que acompanham e orientam os filhos a seguirem seus próprios caminhos oferecem um progresso na vida infantil e adolescência, consolidando a personalidade. Crianças cujos pais não se conscientizam do dever de educá-las com dedicação, terminam apresentando sintomas variados. A valorização da família, instituição fundamental da sociedade, se constitui uma tradição nossa. A convivência entre pais e filhos é repleta de afetividade desenvolvendo um laço de estima consistência e interminável. O adolescente caminhando para a vida adulta deve conviver inclitamente com os pais no lar, formando sua própria família.

A vida escolar, adolescência e início da maturidade requerem atenções distintas. A compreensão deve orientar lógica e racionalmente pais e professores. A escola é básica e fundamental à existência inteligente e harmônica. As experiências emocionais cognitivas de Jean Piaget estão relacionadas com vivências educacionais e sociais. Educamos nossos filhos para a vida, para um mundo letal. O jovem é o pai do homem, pois precedendo o adulto, este depende de sua evolução e formação. São criaturas de Deus, vieram de Deus e para Ele irão. Os filhos, a família e Deus.

Josué de Castro
Médico, professor e escritor