O professor

No dia 15 de outubro, comemorou-se mais uma data comemorativa aos mestres, profissionais pelos quais todos passam por eles. Eu tenho o maior orgulho de fazer parte desse grupo, mesmo não sendo um profissional atuante, mas corre forte em minhas veias o sangue de um educador. Ser professor não e só uma profissão, é uma dedicação, é amor e é compromisso.

Atualmente, houve grandes conquistas dos sindicatos, principalmente na aprovação de novas leis, as quais vieram melhorar a situação da classe dos educadores. Os salários ainda não são os ideais, mas já houve um progresso. O que é ruim hoje é a violência que assola o País, do Oiapoque ao Chuí. Foram inúmeros os colegas que deixaram as salas de aula devido à insegurança. São ameaças que vêm desde alunos até pais ou mesmo do entorno. Nem todas as direções das escolas fazem algo para amenizar este quadro. Muitos professores foram agredidos moral e fisicamente e até os seus familiares sofrem com o problema. Por mais que a profissão seja um sacerdócio, não existe amor que segure quando sua vida e dos seus está em perigo.

Os profissionais da educação não estão “blindados” contra a violência. Professores já foram assassinados dentro das escolas e outros presenciaram alunos sendo mortos dentro das salas de aulas. Hoje, lecionar nas escolas das periferias não é tarefa fácil. Antes, o risco era restrito a determinados horários. Por problemas assim, os jovens estão buscando outras alternativas, evitando assim o magistério, muitos deles contrariando sua própria vocação de um futuro educador.

Parabenizo todos que atuam no magistério do Ceará, com destaque para estas duas heroínas que se doam em salas de aulas: as professoras Paula e Socorro, que mesmo com todas as adversidades da profissão, procuram construir uma nação mais humana, através da orientação e do saber.