O perfil do presidente

Teremos este ano, talvez, as eleições presidenciais mais esperadas dos últimos tempos. É óbvio que interessa aos brasileiros uma renovação substancial do nosso Congresso, cuja atual composição, em ambas as casas, tem deixado bastante a desejar. Mas colocar no poder um homem que comande a nação com serenidade, equilíbrio e propostas concretas é, sem dúvida, o grande anseio de todos. Gradativamente vão-se insinuando nomes na corrida rumo à Presidência da República. Alguns deles, completamente desconhecidos. Outros, porém, figuram há tempos no espectro político brasileiro e, portanto, são velhos conhecidos do eleitorado.

Este terá a enorme responsabilidade de escolher um candidato que venha a conciliar os interesses políticos com as aspirações populares, notadamente nos dias atuais, quando o Brasil, apesar de todos os esforços do governo em proclamar o fim da crise econômica e social, continua a vivê-la duramente. Basta vermos os elevados índices de desemprego, a persistente queda na atividade econômica e o descalabro completo em outras áreas, onde problemas infraestruturais persistem na Educação, Saúde e Segurança públicas.

Creio profundamente que o povo cansou de candidatos que prometem ser salvadores da pátria ou daqueles que, com uma verborragia intensa, porém vazia e infrutífera, prometem transformações que nunca acontecem. Num passado ainda recente tivemos, por exemplo, um presidente espetaculoso, cuja juventude à época de sua eleição foi usada para ludibriar o eleitorado e nem chegou a concluir seu mandato.

Depois disso, outros mandatos presidenciais foram afetados pela prática de corrupção por parte de auxiliares, manchando o desempenho de seguidas administrações. Espera-se, agora, que o perfil do novo presidente seja o de um homem que concilie os interesses políticos com os da sociedade, pacificando o País e combatendo a corrupção. E, claro, que seja honesto e viabilize as propostas apresentadas na campanha em prol do desenvolvimento do País. É gigantesca a carga que pesa sobre cada eleitor. Espera-se, hoje e mais do que nunca, que saiba escolher bem.

GILSON BARBOSA
Jornalista