O País que queremos

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou, recentemente, mensagem aos católicos brasileiros sobre o tema acima: "Eleições 2018: compromisso e esperança", na qual pontua diretrizes éticas, neste ano eleitoral, abordando temas como a corrupção endêmica, que tomou de conta do nosso País e a crise do desemprego que já atinge, neste primeiro trimestre do ano, 13,7 milhões de pessoas à procura de emprego.

A justificativa maior desta mensagem está alicerçada na consciência de que todos os cristãos são chamados a preocupar-se com a construção de um mundo melhor (papa Franscisco), em defesa da vida e da dignidade da pessoa humana, singularmente, dos mais pobres e excluídos da sociedade. A construção de uma democracia forte, voltada para o bem-estar da sociedade, somente ocorrerá com a escolha de políticos probos, ficha limpa, comprometidos com o progresso do povo brasileiro, daí, a relevância das próximas eleições. Segundo reflexões de cientistas políticos, o Brasil vive um momento de profunda complexidade, alimentado por uma aguda e interminável crise de corrupção, que abala nossas instituições democráticas. Lamentável que grande parte da nossa representatividade política esteja mergulhada numa promiscuidade entre o público e privado, como um mal crônico, cujo prejuízo esteja estimado em mais de R$ 200 bilhões anuais, segundo declaração do procurador da República, Deltan Dallagnol.

Neste contexto eleitoral, as eleições de 2018 revestem-se de uma responsabilidade ímpar, única, importante, promissora, como a se afirmar: "o Brasil que queremos".

Bosco Gonçalves

Escritor