A palavra debutante tem origem na língua francesa, onde "debut" significa estreia ou início. Em qualquer cultura, desde sempre, há rito de passagem a que se submete a mulher jovem, egressa da infância e recém-chegada à juventude, com vistas a apresentá-la à sociedade local como apta a enfrentar novas etapas existenciais: juventude e maturidade.
O baile de debutantes surgiu na Europa, quando as famílias nobres realizavam uma grande festa para a sociedade da época, tendo como objetivo mostrar que sua filha estava se tornando uma mulher. O terceiro milênio aí está, não para demolir tradições e abominar costumes, mas apenas reciclar comportamentos, em dimensão individual ou coletiva, de modo a compatibilizar práticas e saberes modernizados, capazes de proporcionar à sociedade um modo de vida mais racional, além de uma satisfação mais evoluída. Com a inserção da mulher em espaços e atividades sociais antes inimagináveis, a festa de debutante e o próprio interesse da sociedade pelo evento não ficariam incólumes no tocante à evolução alcançada. Destarte, a jovem de agora já não imagina um nababesco festim como única possibilidade de festejo e comemoração da sua nova etapa de vida.
Ela sabe que pode contar, por exemplo, com a opção de uma viagem; que represente abertura de um novo horizonte, para muito além de um passeio à Disneylândia, para o Louvre ou até mesmo de uma peregrinação pelos Caminhos de Santiago. Trago aqui, o meu abraço de parabéns à linda jovem Rebeca Nogueira Bezerra, minha neta, cujo 15º aniversário é comemorado nesse 17 de junho, para imensa alegria de todos nós.
Januário Bezerra
Poeta e empresário
