O bem vencerá

O bem vencerá as forças do atraso. Esta expressão "forças do atraso" foi de uso corriqueiro ao tempo dos coronéis governadores do Ceará, por sinal, diferentemente da qualificação, bons governadores - Virgílio, César Cals, Adauto Bezerra. O Ceará há conhecido, em sua história recente e não tão recente, bons governadores, razão pela qual o Estado não está de pires na mão, como tantos outros.

Mas, voltando ao tema. O bem vencerá as forças do atraso. Vencerá o Trump, o Kung-Fu da Coreia do Norte, o sonso do Putin e quantos mais houver defensores da violência, da guerra, da segregação racial, da construção de muros, do não acolhimento aos imigrantes fugidos da morte, aos propagadores do nazi-fascismo e da morte de inocentes. O bem vencerá a batalha final, como venceu os ditadores e açougueiros de ontem - Hitler, Mussolini, Stálin, como outrora derrubou outros não menos poderosos e dominadores. As forças do atraso não prevalecerão sobre o bem. Não cobrirão das cinzas das quartas-feiras da história, o bem, o amor, a solidariedade, a compaixão, o acolhimento ao estrangeiro. Não sepultarão a beleza e o perfume das flores, nem a inocência, nem a lágrima nem o sorriso do rosto e dos corações.

No minuto final, ao toque da trombeta divina (Livro do Apocalipse), quando tudo parecia perdido, a esperança morta, o sonho destruído, os horizontes abatidos pela sombra da tristeza, o Sol raiará sobre a humanidade, e a esperança renascerá, e os velhos poderão sonhar nas praças (Velho Testamento), os muros cairão, e um mundo novo ressurgirá. Quarta-feira de Cinzas é passagem transitória.

Eduardo Fontes
Jornalista e administrador