Novas convenções

Ante a proximidade das Convenções Partidárias, dentro de prazos estabelecidos pela legislação pertinente, as siglas intensificam as articulações. Buscam construir coligações que aumentem as perspectivas de vitória na competição de outubro vindouro. Os contatos amiúdam-se a cada momento, numa diversificação de propostas, especialmente para vice-presidente e vice-governadores, além, obviamente, das vagas para o Senado, fundamentais para atrair aliados numa luta renhida, sem que se possa antever, com segurança, os ganhadores desta batalha que se presume seja acirrada e sem qualquer indicação dos vitoriosos, em face das opções oferecidas ao eleitorado. Mesmo as agremiações de menor poder já começam a ser consultadas acerca dos apoios, numa ação afanosa dos dirigentes das siglas, ávidos por somar adesões que completem o panorama de triunfo nas urnas.

Nem o candidato oficial, Henrique Meirelles, tem estruturada sua chapa, com um escolhido nos quadros de outra legenda, tarefa de que se incumbirá o titular do Planalto, ouvido o senador Romero Jucá, presidente do MDB, ambos experientes em lides desse jaez. O PSB e o DEM são os mais abordados, embora se desconheça, até agora, a definição de ambos em relação ao "cabeça de chapa".

As pesquisas crescerão antes das convenções com as estatísticas percentualizadas em decorrência de consulta feita a 2.000 eleitores - base numérica, geralmente estipulada pelos institutos de pesquisa, servindo de diretriz às cúpulas partidárias. Para os que demoram a escolher, há sempre a reprise do adágio, segundo o qual "quem corre cansa, quem anda alcança..."

Mauro Benevides
Jornalista